Dia 07 de agosto completam-se 200 anos da restauração da Companhia de Jesus, ou seja, os jesuítas foram autorizados a existir novamente. Na referida data, o Papa Pio VII assinava o documento “Sollicitudo omnium Ecclesiarum” que concedia existência legal à Ordem Religiosa fundada por Santo Inácio de Loyola. Os 233 anos anteriores de empenho missionário foram interrompidos por 41 anos de supressão. Em 1814 começava nova fase, numa sociedade e Igreja, feridas duramente pela Revolução Francesa e pelas guerras Napoleônicas. Das brasas sob as cinzas dos jesuítas da Rússia e da Prússia e da ação de José Pignatelli na Itália, o fogo do entusiasmo ia se acendendo timidamente em diversos lugares. Reinos e nações que os expulsaram, pediam o retorno dos jesuítas. E, constata o historiador Pe. Geraldo Coelho de Almeida, “por ironia da história, muitos dos descendentes dos antigos perseguidores estavam no meio dos candidatos à nova Companhia”.
A ausência no Brasil estendeu-se por 83 anos (1759-1842), com a chegada de três jesuítas espanhóis a Porto Alegre em 1842, expulsos pelo ditador Rosas da Argentina. Jesuítas italianos chegaram à Região Sudeste em 1862 e em Salvador, Bahia, 1911, eram jesuítas portugueses, expulsos pela Revolução republicana de 1910.
No presente, os jesuítas no Brasil somam em torno de 500 integrantes, padres, irmãos e formandos, atuando em colégios, universidades, paróquias, obras sociais, pastoral indígena, capelanias e santuários, animados pelos antecessores do 1º período, a serviço de Jesus Cristo, na Igreja do Vaticano II, procurando em tudo amar e servir.
Padre Guido A. J. Kuhn, Jesuíta, Paróquia Santo Antonio Sinop, ex-diretor do Colégio Anchieta em Porto Alegre, ex-provincial da Congregação Jesuíta Região Sul
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