Como se faz um bolo/rolo político? Começa-se com os ingredientes, vamos lá caros leitores e leitoras. Lápis e papel na mão.
Acha-se um banco que funcione como distribuidor de empréstimos fictícios e que seja comprado por laranjas estrangeiros, de preferência chineses desonestos.
Procura-se um avalista de altíssimo escalão. Pode ser governador, Senador, ou homem de negócio com lastro econômico internacional.
Introduz-se um operador de caixa, que pode ser secretário da área econômica do governo, ou do legislativo.
Compram-se vários pés de laranja e distribui por vários postos de gasolina. O posto tem que ter lava-jato, para lavar todos os ingredientes sujos que aparecerem. O dono do posto funciona como banco clandestino, caso falte ingredientes da receita. Na falta do posto, pode-se usar um ingrediente alternativo como uma empreiteira.
Procuram-se pessoas interessadas em assembleias, câmaras de vereadores, prefeituras para provar do produto final.
Monta-se uma feira com um bando de otários que continuam votando nos seus candidatos e recebendo dinheiro deles achando que é dinheiro de político, mas é dinheiro adquirido em empréstimos fantasmas e pagos com verbas públicas, depois que o candidato foi eleito.
Uma bacia bem grande para fazer a mistura dar a consistência desejada.
Modo de preparo
Vai-se ao banco com pouca lisura no mercado, e que topa fazer qualquer negócio tipo subprime, e leva o avalista a tiracolo.
Assinam-se os documentos de praxe, e o avalista some rapidamente dos ingredientes para não dá mau cheiro ao resultado.
Depois do empréstimo feito é hora de adicionar os interessados na negociata, ops, no bolo.
Coloca-se uma pitada de PSDB, outra de DEM, outra de PSD e polvilha-se com os demais partidos. Adiciona-se água do lado direito do rio Cuiabá.
Vai uma pimenta bem forte de pesquisa eleitoral fraudulenta, beneficiando o confeiteiro.
Para dar mais qualidade e ISO 9000 ao bolo, chama-se o escritório técnico TCE (Técnicos de Controle de Especiarias) para certificar a probidade e transparência ao bolo/rolo. O escritório de renome estadual cobra caro, mas seu certificado atende a todos os confeiteiros estaduais e municipais.
A maravilha foi feita e o resultado pode ir para o Guinness World Records, pois pode custar aos cofres públicos de 60.000.000,00 (sessenta milhões de reais) a 500.000.000,00. (meio bilhão de reais)
Este bolo demora a ser feito, entre seu tempo de mistura e ida ao forno, leva de 5 a 10 anos.
A conceituada gastrônoma PF (Paulinha Farinácea) provou, mas não aprovou, mas também não dá para agradar todo mundo não é?
Receita tirada do site tudo é gostoso, caso precise de mais informações deixe seu recado abaixo, respondo em seguida se você tiver alguma dúvida ok?
Bom apetite.
Observação: Esta é uma obra de ficção e não tem nenhuma relação com a realidade vigente.
Pedro Felix é Historiador e ficcionista.