É importante o debate sobre o assunto agricultura, pois é nessa hora que vemos os absurdos que são ditos sobre o assunto. Parabéns a Regiane e a Alexandra que defenderam a classe produtora de pessoas que como Alexandra disse, não sabem o que estão falando.
Meu caro Daniel, se todos os sulistas pensassem como você, cidades como Sinop, Sorriso, Lucas, Mutum…. não existiriam. Muito menos as vagas para profissionais como o seu caso. A dez ou vinte anos os porquês que você coloca no seu comentário já eram feitos. A resposta esta ai, cidades maravilhosas, oportunidade para muitos advogados, médicos, trabalhadores em geral.
A preposição feita pelo Sr Daniel, não vamos desmatar, não vamos queimar foi feita a todos os pioneiros que desbravaram estas terras, naquela época também tinha gente que achava que era uma loucura plantar no cerrado, já tem comida suficiente para todos comerem. Pois é, já pensou se o Brasil continuasse produzindo 30 a 40 milhões de toneladas de grãos? Como estaria o país hoje? Passando fome com certeza, totalmente dependente de outros paises que desmataram tudo. Praticamente seriamos mais uma colônia Americana, como muitas, se ainda temos um pouco de independência e graças a esses heróis, e não é exagero o termo, que desbravaram o Mato Grosso e muitas outras fronteiras agrícolas. Portanto deixo esse porque aos senhores danieis. Quantas bocas teremos a mais daqui a dez ou vinte anos?
Se os agricultores têm camionetes que tanto incomodam e uma questão de logística, as fazenda são longe precisam condução que agüente o “batente” e consigam levar as peças para as máquinas, se as trocam com menos de 4 anos e pelo mesmo motivo, estradas ruins, não a veiculo que resista, devido ao uso intenso e inviável manter um caro com muito uso.
Pegando o gancho do Rio Tiete, coloco mais um porque, porque as industrias podem poluir a vontade? Será que ai e pra fabricar bens de consumos para os intelectuais que precisam mobiliar sua casa na praia, seu ap, ter seus 3 caros na garagem.
Tratando um pouco de mato, acho que esta na hora da mídia parar de se referir ao desmatamento como se fosse X campo de futebol. Isso e pra enganar a sociedade que não tem noção do que estão falando. O que precisa ser dito é realmente qual o percentual que se desmatou em relação a mata que existe. Se a notícia assim fosse divulgada verificaria-se que o percentual desmatado e insignificante perto do que tem de mato. Só de reserva indígena e reservas do governo passa da metade da Amazônia. Pra agricultura mesmo sobra 20% de uns 25% do total. Da uma olhada nos paises desenvolvidos.
O governo esta matando a galinha de ovos de ouro com a política de juros altos e câmbio fora da realidade, conseqüentemente vai detonar o país, pois este é 100% dependente do setor, gera emprego, no campo, na industria de máquinas, na fábrica de defensivos e até de camionetes, isto diretamente, fora os empregos indiretos, pois mais de 30% do PIB é movimentado pelo agro-negócio.
Poderia ficar uma semana falando o que o setor proporciona aos brasileiros, porém vou ficar por aqui, deixando uma frase no ar, que peço desculpas ao autor, pois não lembro. “Matem a cidade o campo sobreviverá, matem o campo a cidade morrerá”.
Jose Maria Sobrinho é agricultor em Sorriso e escreveu este artigo para Só Notícias