terça-feira, 19/março/2024
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Promadeira pode ser a alternativa

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Estamos acompanhando nos últimos  60(sessenta) dias a  agonia , o sofrimento e a angustia  dos madeireiros do Estado de Mato Grosso , principalmente os do Norte e do Noroeste do Estado, impossibilitados de trabalhar em conseqüência das medidas tomadas pelos órgãos  ambientais, após as operações Currupira  I e II.

Medidas estas necessárias em sua grande maioria, para conter o crescente desmatamento verificado nos últimos dois anos na Amazônia mato-grossense.
Muitas reuniões, grupos de trabalho e idas e vindas à Brasília estão acontecendo e as soluções necessárias para que o setor madeireiro e o meio ambiente voltem à harmonia, parecem distante.
As demissões estão acontecendo em ritmo acelerado, trazendo transtornos não só para os empresários e seus empregados, mas principalmente para as cidades das regiões Norte e Noroeste do Estado. Os movimentos de mudança de empresas e funcionários para Macapá já se verificam em Alta Floresta, só para exemplificar.

A situação é gravíssima, os prefeitos que o digam. Algumas cidades estão à beira do caos, decretando estado de emergência.
Várias empresas madeireiras foram acusadas, números alarmantes de empresas fantasmas foram divulgados pelo IBAMA, ouvimos em algumas declarações em torno de 500 empresas fantasmas.

O que esperar? O que fazer? Sugerimos um caminho, e lembramos alguns fatos e atos.Em 1999 o Governo Dante de Oliveira junto com a FIEMT (Federação das Indústrias de Mato Grosso) e os Sindicatos Madeireiros coordenados pela SICME (Secretaria de Indústria e Comercio e Mineração), construiu um projeto ambientalmente correto para o setor madeireiro, estimulando a capacitação dos funcionários, a melhoria da qualidade das empresas e criando Selo de origem da madeira.

Este projeto depois de discutido amplamente em todos os pólos madeireiros do Estado de Mato Grosso foi encaminhado pelo Governador Dante de Oliveira para a Assembléia Legislativa , que melhorou e aprovou, sendo em seguida sancionado pelo Governador.

Este projeto foi reconhecido pelo Ministério do Meio Ambiente do Governo Fernando Henrique Cardoso e elogiado por diversas vezes por ambientalistas, reconhecendo os avanços.

O projeto que estamos falando é o PROMADEIRA, que possui hoje 316 empresas madeireiras inscritas e acompanhadas mensalmente pela competente equipe técnica da Secretaria de Indústria ,Comércio, Minas e Energia.
Durante os últimos 5 anos muitos empregos de qualidade foram criados, principalmente no Norte do Estado de Mato Grosso, e o Governo investiu no setor mais de 70  milhões , através de recursos do ICMS.

Nas operações Currupira I e II, segundo informações da Secretaria de Ind.Com.Minas e Energia  da FIEMT, as 316 empresas do PROMADEIRA não apareceram em nenhum delito e muito menos como “empresa fantasma”.

O caminho está na nossa frente, vamos trilhá-lo. Para isto, são necessárias melhorias, adequações ao PROMADEIRA.

As empresas madeireiras sérias e corretas merecem trabalhar. As do PROMADEIRA estão neste  rol .

Lembramos que o setor madeireiro não promove o corte raso das florestas, apenas se utiliza do corte seletivo. Os agricultores e pecuaristas sérios, corretos continuam trabalhando. Só aqueles que substituíram  a floresta por pastagens e agricultura, desrespeitando a legislação estão acuados.

Os madeireiros sérios merecem o mesmo tratamento dos demais setores produtivos, diretamente envolvidos.
O PROMADEIRA é uma conquista do setor, ele se encerra em 2.006.
Pedimos ao Governador Blairo Maggi que reedite o PROMADEIRA com as melhorias necessárias.

Os madeireiros  e  principalmente o Meio Ambiente agradecem.

Carlos Avalone Jr. é ex-secretário de Indústria, Comércio e Mineração em Mato Grosso.Vice Presidente da FIEMT e Presidente do CODIR (Conselho de Desenvolvimento e Integração Regional)

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