A cada dia as possibilidades de um conflito armado envolvendo o Iran, Israel, Estados Unidos e Europa parecem que crescem e as consequências poderão ser desastrosas não apenas para tais países como também para todos os demais, principalmente os que mais diretamente dependem da importação de petróleo e derivados.
O embargo econômico promovido pela Europa, Estados Unidos e outros países,com apoio da ONU, como instrumento de pressão para que o Iran concorde em permitir inspeção da Agência Atômica Internacional, que é o organismo técnico da ONU para a questão da não proliferação de armas atômicas, parece que está demorando para fazerefeito.
A resposta do Iran tem sido ameaças de retaliações contra o Ocidente e, principalmente, contra Israel, incluindo a suspensão da venda de petróleo e derivados a Inglaterra recentemente e também a ameaça de colocar minas no Estreito de Ormuz, ponto estratégico para a passagem não apenas de boa parte do petróleo consumido pela Eurapa, Estados Unidos, Japão, Coréia ,China, Austrália e outros países como também deoutrosprodutos.
A produção mundial de petróleo em2010 foi de 87,5 milhões de barris por dia e o consumo foi de 86,0 milhões de barris/dia. O maior consmidor de petróleo e derivados em 2010 foram os EUA com 18,7milhões de barris/dia,ou 21,7%; seguindo-se a União Européia com 13,7 (15,9%); tendo a China como terceiro maior consumidor com 9,7 milhões de barris/dia(11,3%),quarto o Japão 4,4 milhões de barris/dia (5,1%); Rússia, India, Alemanha, frança, Brasil, Inglaterra , itália, Canadá e Espanha em conjunto consumiram 21,6 milhões de barris/dia ou 25,1%.
Percebe-se claramente que os países desenvolvidos, industrializados e os integrantes do BRIC são responsáveis por aproximadamente 75% do consumo de petróleo e derivados, demonstrando que uma crise internacional que envolva a produção e o suprimento desta importante materia prima e suas rotas marítimas ou refinarias poderão agravar a já combalida economia mundial, levando de roldão também os dois países que têm apresentado os maiores índices de crescimento econômico,principalmente industrial ,que são a China e a India.
Com certeza a repercussão de um conflito armado na região do Golfo Pérsico ou em outras áreas produtoras como norte da África e o restante do Oriente Médio além de destruição da infra-estrurura de produção e refino como já mencionada, também afetarão dástricamente a estrutura de preços tanto do petróleo e seus derivados quanto dos demais bens e serviços. Com ceerteza todos os países serão afetados, porém os que tem maior dependência das importações deste insumo sofrerão mais ainda.
O nível de dependência é medido pela relaçao entre produção e consumo, o que determina o nível das importações de petróleo e seus derivados. Por exemplo, A Índia, o Japão, a Coréia do Sul e os países Europeus, com raras excessões como a Inglaterra, são totalmente dependentes das impotações, enquanto EUA, Brasil e Rússia têm uma dependência menor. Os EUA consomem 18,7 milhões de barris/dia e produzem 8,9, dependendo de 9,8 milhões de barris/dia das importações; a China consome 9,7 milhões de barris/dia e produz 4,6 milhões de barris/dia precisando importar 5,1 milhões. O grau de dependência dos EUA é de 52,4% enquanto da China é de 52,6% e Brasil produz 2,6 milhões de barris/dia e consome 2,5 milhões, ou seja, praticamente o grau de dependência é zero.
Outro aspecto importante são as reservas estratégicas que cada país possui para fazer face a uma grave crise de abastecimento impedindo que setores e serviços vitais para o país entrem em colapso em caso de Guerra ou conflitos mais sérios. Os EUA por exemplo possuem reservas estratégicas que suprem o consumo mesmo sem qualquer importaçao por pelo menos quase três meses.
Como podemos perceber existe um estopim acesso e uma bomba relógio engatilhada, prestes a mandar pelos ares não apenas o mundo ocidental e industrializado mas todos os países indepedente de fazerem parte do centro ou da periferia mundial
O futuro a Deus pertence,mas este é um grave desafio para todos os governantes do planeta!
Juacy da Silva, professor universitário, colaborador de Só Notícias.
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