PUBLICIDADE

O papel da Unemat para o desenvolvimento regional

PUBLICIDADE
PUBLICIDADE

“Precisamos passar do mundo de Francis Bacon, que afirmava no século 17 que o conhecimento é poder, para o de Adam Smith, que cem anos depois escreveu que o conhecimento pode ser transformado em riqueza” (Fernando Cunha – FAPESP).

Nosso objetivo nessa comunicação é destacar o papel social da Universidade do Estado de Mato Grosso, enquanto uma Instituição Pública que tem como característica principal o Ensino, a Pesquisa e a Extensão. A Universidade é um local de investigação científica, discussão e transmissão do conhecimento produzido no inter-relacionamento humano através dos tempos, portanto, é histórico, plural e cultural. Nesse “Fazer Universidade,” é fundamental pensarmos numa Instituição de Ensino Superior verdadeiramente empenhada em formar e pesquisar, como afirma Cipriano Luckesi.
Frente às novas mudanças e desafios contemporâneos, é fundamental aumentar a qualidade e o acesso em todos os níveis de ensino, procurando abranger a produção do conhecimento para alcançar a população.
Através da expansão para diferentes regiões de Mato Grosso, a UNEMAT enquanto espaço de ensino e pesquisa, atua em várias áreas do conhecimento humano: Naturais, Humanas, Sociais, Exatas e Biológicas, possibilitando desta forma, a compreensão das realidades em suas complexidades e diversidades. Outra prioridade é a qualificação docente à nível de Mestrado e Doutorado e a institucionalização de Grupos de Estudos e Linhas de Pesquisas. Portanto, é relevante para a Instituição manter o equilíbrio entre o ensino, a pesquisa e os projetos, autonomia científica e universitária, pois no mundo contemporâneo “o principal insumo para o crescimento econômico nos próximos anos será o conhecimento, e nesse contexto as Universidades Públicas adquirem importância estratégica”. Para tanto, estas precisarão ter uma política definida de financiamento, uma difusão de sua produção (através de publicações de suas pesquisas) num horizonte de qualidade científica e o impacto dessas na interação com a sociedade.
Na busca de sua legitimação, concepção pedagógica (de educação, de ciência e de mundo) relacionada ao futuro de nossa sociedade, é necessário repensar o papel social que ela desempenha no contexto em que está inserida. Portanto, é relevante concebê-la em suas possibilidades e limitações diante dos desafios que ela se impõe e lhe são impostas, visando à formação de profissionais que Mato Grosso e o Brasil precisam para seu desenvolvimento. Porém, o seu papel fundamental é de questionar as “verdades” como afirma o Sociólogo Francisco de Oliveira/USP, produzir conhecimento que contribua para a formulação de políticas públicas e formação sólida das atuais e futuras gerações, pois a Universidade é o lugar mantido pela sociedade como instância de produção e de crítica ao conhecimento construído historicamente.
Como afirma Norberto Bobbio, filósofo contemporâneo, “que a leitura, a escrita e a produção científica contribua para indicar possíveis saídas para os desafios sociais e humanos da nossa sociedade.” E nesse contexto, a formação que a Universidade oferece precisa estar inserida nos desafios do mundo do trabalho de nossa sociedade, sejam eles de ordem natural ou social como questões tecnológicas, educacionais, ambientais, agrárias, equilíbrio ecológico, escassez de água, aquecimento global, dentre outros, que por força da globalização e à progressiva competitividade econômica vem acelerando, encurtando distâncias e aproximando pessoas numa divisão social cada vez maior entre ricos e pobres no mundo e todos os problemas decorrentes dessa realidade.
Frente a esse cenário cabe à Universidade contribuir decisivamente para que se possa priorizar a região e o país com ensino, pesquisa e extensão de qualidade, que contribuam para um desenvolvimento mais justo e a manutenção da biodiversidade, pois como afirma Leonardo Boff “a educação tem um compromisso com a paz e o bem estar de todos, a solidariedade entre os seres humanos e a natureza.” Já para o Prof. Evaldo Vilela/UFV, “isso é necessário para consolidarmos a Universidade a médio e longo prazo como um lócus do livre pensar, da produção do conhecimento e da formação intelectual independente, sem os quais é difícil acreditar que possamos construir um país melhor.” Concordo com vários estudiosos que afirmam não ser mais possível falar em “desenvolvimento sustentável sem que garantam algumas condições, como um sistema político com gestão participativa e democrática, garantia de acesso à informação e um sistema de produção que respeite a preservação da base ecológica. Não se pode mais pensar a educação ambiental apenas do ponto de vista do senso comum. Precisamos de estudos mais profundos sobre a relação homem – ambiente.” Como afirma Jorge Barbosa/UFF, o nosso desafio na construção de uma Universidade sólida, é “tecer uma Rede e poder envolver toda a sociedade com formulação de políticas públicas de combate às desigualdades sociais.”
Ao concluir essa reflexão afirmo que nosso propósito é contribuir para o avanço da Ciência, discutindo o modelo de desenvolvimento, a educação, a estrutura agrária e a concentração de renda, através de estudos aprofundados dessa realidade, propondo mudanças essenciais e duradouras a nível cultural, econômico, político, simbólico e social.

Edison Atônio de Souza é professor ms. e pesquisador da Unemat Sinop

COMPARTILHAR

PUBLICIDADE
PUBLICIDADE

Mais notícias

Saiba usar o poder de recomeçar

Algumas pessoas apesar de ter a consciência do desperdício...

Tecnologia a serviço da sustentabilidade

A evolução tecnológica desempenha um papel fundamental no fortalecimento...

Tive um Infarto, posso fazer exercícios?

A prática de exercícios físicos após um infarto do...