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O candidato ao Senado sem o “caixa 2”

Wilson Carlos Fuáh – É Especialista em Recursos Humanos e Relações Sociais e Políticas em Mato Grosso - wilsonfua@gmail.com
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Na política atualmente, aquele velho princípio de singularidade não existe mais, foi substituído pelos interesses e o no “vale tudo” para se eleger um Senador, haverá muitas questões ainda pendentes das eleições passadas, mas tudo se acomoda quando existem interesses em jogo, pois quando dois pesos pesados se confrontam, os dois sairão machucados, mesmo que haja um vencedor desse grupo, com certeza haverá rupturas e fissuras partidárias.

Os candidatos estão a buscar apoiadores no alto escalão da “casa grande”, e esses supostos candidatos durante a campanha, aparecerão sentados no “colo” de um suposto líder de plantão, e como se fosse ventríloquo, o líder sem ser candidato, falará pelo candidato: “vote neste, porque este eu garanto”.

Agora teremos uma eleição muito diferente em função do Covid-19, pois os candidatos após as convenções além de ter prazos muito exíguos para a campanha, ainda não poderá apertar as mãos dos eleitores; não poderão dar o famoso abraço de “urso”; não poderão fazer visitas de casa em casa e comer nas panelas dos pobres; e para completar a dificuldade para se eleger, não haverá o famoso “Caixa 2”, porque esses candidatos estarão buscando a vaga em substituição a Senadora que foi julgada por uso de “caixa 2”, por isso, fiscalização será muito rigorosa, e cá entre nós, se um desses candidatos tentar usar o “caixa 2”, será cúmulo do cinismo.

Esta eleição terá muito Reis e Tubarões, mas a regra de uso de dinheiro “doado” pelo CNPJ, a-c-a-b-o-u, e as doações através do CPF tem limite rigoroso, pois as doações realizadas por pessoas físicas são limitadas a 10% (dez por cento) dos rendimentos brutos auferidos pelo doador no ano-calendário anterior à eleição (Lei nº 9.504/1997, art. 23, § 1º). e ai, nesta eleição o Rei estará nu, a não ser que alguém queira, no “escondidinho do cinema” tentar aplicar o “caixa 2” novamente e ser cassado, depois de eleito.

Será?

A ideologia definitivamente foi jogada no lixo da história, pois  o que vemos são candidatos de si mesmo, ou de um grupo, e por isso, por isso, haverá muitas desavenças pós-convenções, porque os interesses sobrepõem às ideologias dos partidos.
Mas, que partido?

Vejam que nesta eleição para o Senado, teremos candidatos, filiados a partidos que são totalmente diferentes das suas atividades e formação, pois teremos pretenso candidato que atuam no agronegócio e estão filiados em partido socialista e também em partido de trabalhadores. As atividades partidárias podem ser analisadas, de vários modos e entendimentos, e aquele velho princípio de singularidade não existe mais, pois  foi substituído pela  similaridade dos interesses dos dirigentes.
O DEM tem em seus quadros o Governador e um Senador, e esses dois apesar de serem do mesmo partido, estão divergindo em seus apoios aos pretensos candidatos. O Governador Mauro Mendes do DEM apoia o pretenso candidato Carlos Henrique Baqueta Fávero do PSD, e ainda tem um compromisso histórico para apoiar o pretenso candidato Otaviano Olavo Pivetta, que é PDT, mas por outro lado temos o Senador Jaime Campos que é DEM, também, mas que dará apoio ao pretenso candidato ao Senado pelo PSDB – Nilson Aparecido Leitão, tudo isso, antes mesmo das convenções.

Os princípios partidários que vislumbram  os  objetivos comuns e coletivos, na verdade ficam apenas inscritos nas letras mortas dos velhos estatutos partidários, que estão esquecidos nos fundos dos empoeirados armários nas sedes dos partidos.

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