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O auto-amor para a paz de consciência

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Sempre nos toca aquela passagem da vida do amorável Giovanni Bernardone, o nosso exemplo de amor conhecido como Francisco de Assis, quando Frei Leão lhe admoesta sobre o que “o paizinho” gostaria de fazer se soubesse que a morte viesse lhe arrebatar a vida física naquela tarde, ocasião em que o fiel companheiro recebeu a seguinte resposta: “Eu continuaria aqui a capinar o meu jardim”.  A consciência pacificada pela certeza de ter se esforçado ao extremo pelo amor a Deus, à natureza, aos menos favorecidos das coisas do mundo, ao serviço do Bem…

Aliás, Allan Kardec, na questão 642 de “O Livro dos Espíritos”, pergunta aos Espíritos Superiores da Humanidade: – Será suficiente não se fazer o mal, para ser agradável a Deus e assegurar uma situação futura?
A resposta não poderia ser mais exata: “Não: é preciso fazer o bem, no limite das próprias forças, pois cada um responderá por todo o mal que tiver ocorrido por causa do bem que deixou de fazer”.
Isso significa que não basta quedarmos inertes, ou o que é pior, ficarmos assistindo às calamidades morais que ocorrem em nossa própria vida e ao nosso derredor, fazendo-se imprescindível agir assertivamente. Não nos referimos à ação por “desencargo de consciência”, mas sim em fazer o Bem que nos seja possível, porquanto nos parece ser muito fácil e cômodo rogar ao Pai que nos livre do mal, mas nada fazer, ou muitas vezes fugir ou se esconder de si mesmo, no tocante à implantação do Bem em nossa intimidade, a fim de que, posteriormente, se expanda para a família e depois para todos os meios nos quais nos situemos.

Torna-se fundamental perquirir a nós mesmos, individualmente: será que estou agindo de acordo com o que orienta a minha consciência? Estou fazendo o Bem no limite das minhas próprias forças, seja na família, na vida profissional ou religiosa, no trânsito, nas horas de lazer, ou em qualquer situação?
Com certeza, as respostas virão. E podemos acolhê-las e as utilizar para a melhoria de nós mesmos, trabalhando o Bem e a Paz em nossa intimidade. Atuando desta forma, naturalmente alcançaremos a paz da consciência e, mesmo incompreendidos, sentir prazer pelo Bem que já conseguimos produzir, cientes, ainda, que a semente de amor haverá de germinar e produzir frutos de alegria de viver, de satisfação, de coragem, de confiança… que serão novamente plantados e levados pelo mundo sem fim, incessantemente.

Finalmente, importa considerar um requisito essencial para que esta “paz de consciência” seja implementada em nós mesmos: o auto-amor, que se tornará o alo-amor e, por conseguinte, o amor a Deus e tudo o que existe no Universo, ou seja, cumprindo a máxima “amar a Deus sobre todas as coisas e amar ao próximo como a si mesmo”. O AUTO-AMOR é a chave para todas as virtudes, principalmente quando a temos dificuldade em nos aceitar, nos amar, valorizar, também quando nos ocupamos mais com a opinião dos outros do que com a nossa, ou quando fazemos ou falamos coisas para ter a aprovação alheia, passando sobre vontade pessoal.
Vale a pena nos observar e, em nos conhecendo, gostar muito mais de nós mesmos. E este trabalho pessoal e intransferível nos levará à paz.

Nestor Fernandes Fidelis é advogado em Mato Grosso

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