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Maradona e o “human trash”

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Diego Maradona foi o maior responsável pela conquista e comandou a seleção de futebol da Argentina na Copa do Mundo no México, em 1986. É considerado um dos maiores atletas de todos os tempos e aquele que geralmente é lembrado para ser comparado ao Rei Pelé. Por isso, e todos seus momentos de gênio, merece destaque na historiografia do futebol mundial.

Infelizmente, no currículo de Maradona também consta que ele entregou-se às drogas e chegou a ser diagnosticado pela medicina como um caso perdido. Por várias vezes chegou ao fundo do poço. E tudo isso é fato notório.

Porém, Maradona tinha um sopro de vida. Foi salvo com a ajuda da medicina cubana e conseguiu dar um chapéu nas drogas, uma caneta na obesidade e fazer um gol de letra como apresentador de um programa de televisão. Está de volta à vida, a polêmica e a inquietude.

Agora, Maradona nos apresenta mais uma versão de sua multifacetada personalidade: numa encarnação de valores de seu conterrâneo Ernesto Guevara, assume a liderança de um protesto que contribui para abalar ainda mais a posição do presidente da mais poderosa e bélica nação do planeta.

Na Cúpula das Américas, em Mar del Plata, o estadunidense George Bush, finalmente encontra alguém de peso (o peso saudavelmente correto) para contrapor seus rompantes intervencionistas e hegemônicos. Para gritar ao mundo aquilo que muitos anônimos tentam expressar, aquilo que muitos líderes mundiais têm medo de pronunciar.

“Bush assassino” ou “lixo humano” são palavras de ordem que não foram inventadas por Diego, mas precisaram também de sua coragem e ousadia para ecoar na multidão.

É claro que nem só de coragem e ousadia se constrói um mundo mais justo, mas enfrentar o líder do império que inventa guerras mundo afora – com o discurso de “implantar democracias” – é uma atitude que faz de Maradona, no mínimo, um aliado das causas justas e da liberdade, assim como Che.

João Batista Lopes da Silva
Professor na Universidade do Estado de Mato Grosso
[email protected]

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