quarta-feira, 24/abril/2024
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Juventude transviada…

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Foi-se o tempo em que a criminalidade era diretamente um sintoma da falta de políticas de inclusão social que colocava os pobres literalmente na linha de tiro. É cada vez maior o número de jovens de classe média envolvidos nos mais variados crimes, com destaque aos assaltos e ao tráfico de drogas.

A prisão de uma quadrilha de assaltantes em Sinop (MT), onde alguns de seus membros eram bem relacionados socialmente e o líder, filho de família tradicional na região, deixa latente que o crime não escolhe seus agentes pela cor da pele, nível de escolaridade ou condição social.

Desde a morte do índio Pataxó, Galdino de Jesus, nos perguntamos: – “O que leva jovens com acesso à educação e a tudo que o dinheiro dos pais podem comprar, a ter comportamento agressivo, por vezes beirando o animalesco?!”.

É normal procurarmos culpados, razões plausíveis, causas possíveis; qualquer explicação que possa aliviar nosso sentimento de culpa enquanto sociedade.

Na ânsia de encontrar os porquês, ficamos cegos a ponto que não perceber que a razão é justamente ter tudo, ao menos tudo o que o dinheiro pode comprar. Se por um lado são ricos financeiramente, por outro são pobres de sentimentos simples – mas nem por isso menos importantes – como atenção, respeito, carinho e companheirismo.

Enquanto ter, for preocupação maior do que ser, a criminalidade entre os jovens “com berço” crescerá. Senão pelo prazer da aventura e conseqüente quebra das leis, normas e regras da sociedade, ao menos para mostrar que existem, e podem mais do que a eles é creditado.

Clayton Cruz é jornalista em Sinop e edita o blog imprensando.com.br

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