PUBLICIDADE

Jornalismo, um trampolim para a política

PUBLICIDADE
PUBLICIDADE

De todas as profissões de que se tem conhecimento e, ainda as que se revelam no dia-a-dia, o jornalismo é a que mais se destaca perante a sociedade global, sob o ponto de vista da promoção pessoal. O motivo é simples: ela proporciona ao jornalista, além de torná-lo um formador de opinião, coloca a seu favor os mecanismos de comunicação que, quer queiramos ou não, sevem de divulgação da sua própria imagem, ou seja, por meio destes mecanismos, o jornalista se lança perante a sociedade como protagonista do bom samaritano, do bom sujeito, do bom caráter, do mocinho, do super herói que vai resolver todos os problemas norteadores da sociedade. E é por meio dessa imagem que muitos desses profissionais, se lançam na política. E é aí que a maioria não sabe o que pode estar perdendo.

Grande parte desses profissionais sabe que a credibilidade social leva anos para ser conquistada. Credibilidade essa que se revela como sendo a razão pela qual todo profissional se digna. Por conseguinte, tal mudança é capaz de deixar algumas perguntas inquietas à espera de respostas: será o indivíduo que decide trocar o jornalismo para ingressar-se na política, vai ser tão bom quanto fora como jornalista? Será que ele vai manter a postura de homem ético, princípio básico da moral e do caráter, dentro do exercício das atividades políticas? Será que ele não vai passar a ser mais um a se desgastar dentro do processo de manipulação e/ou manobras ante-sociais que afugentam a sociedade e promove o desgaste do homem-público? É esperar pra ver.
Todavia, essa troca vem acontecendo há anos em todo o mundo. Aqui em Mato Grosso a história não é diferente. Entre eleitos e reeleitos, eles estão aí e sendo os mais votados. Só na Assembléia Legislativa de Mato Grosso, são quatro Deputados: Walter Rabelo (PMDB) obteve mais de 70.000 votos sendo o segundo candidato mais votos no Estado, logo depois aparece Sérgio Ricardo, reeleito com mais de 32.500 votos, seguido por Juarez Costa (PMDB) com mais de 24.500 votos e por fim, Maksuês Leite eleito com pouco mais de 15.000. Além deles, tantos e tantos outros já cobiçaram e vão cobiçar um cantinho no poder, seja ele qual for.
Estes dados são mais do que suficientes para comprovar a força que os meios de comunicação têm.
No caso de Estado de Mato Grosso, sem querer ser demagogo, quero crer que os ex-jornalistas/ex-comunicadores que se tornaram parlamentares, sejam tão aguerridos e trabalhadores do povo, o quanto fora quando destemidamente, divulgavam e até denunciavam as falcatruas daqueles políticos, cuja carapuça não tem “identidade” no cartório. Só para lembrar, quem está no poder, seja ele quem for, está na condição de patrão, portanto, aos nobres colegas jornalistas a verdade é que suas excelências viraram vidraça e deixaram de ser atiradores de pedra.

Gilson Nunes é jornalista em Cuiabá
[email protected]

COMPARTILHAR

PUBLICIDADE
PUBLICIDADE

Mais notícias

Saiba usar o poder de recomeçar

Algumas pessoas apesar de ter a consciência do desperdício...

Tecnologia a serviço da sustentabilidade

A evolução tecnológica desempenha um papel fundamental no fortalecimento...

Tive um Infarto, posso fazer exercícios?

A prática de exercícios físicos após um infarto do...