sexta-feira, 26/abril/2024
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Jogamos fora o aprendizado da China

Paulo Bellincanta é pecuarista em Mato Grosso
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Na medicina aprendemos que o antibiótico mal aplicado proporciona a resistência da doença.

Na vida pública essa lição não foi assimilada.

Jogamos fora a grande lição que a China nos deu.

Subestimamos um vírus que para o governo chinês custou milhões, trouxe prejuízos inestimáveis para a nação, sem contar  as vidas que levou.

No intuito de não criar pânico, no acreditar que não seria tudo isso deixamos de encarar  o problema.

Não fomos lá, quando deveríamos ter desejado participar para aprender do que se tratava. Se o tivéssemos feito, além da demonstração de fraternidade para com um povo irmão, teríamos trazido na bagagem conhecimentos que nos fazem falta hoje.

Na roça, a vida nos ensina, que em certas situações, “fogo só com fogo se ataca”.

A atual maneira com que o Brasil tem tratado desta epidemia é catastrófica.

Precisamos de um só comando, de uma só voz de decisão de um só líder.

Vemos prefeituras tomando meias medidas, estados tomando meias medidas, União tomando meias medidas. Medidas paliativas sem sentido. Do que nos adianta fechar escolas e termos metrôs superlotados? Fecharmos teatros e termos prostíbulos abertos? Fecharmos creches e lotarmos estádios de futebol?

As meias verdades sobre o assunto acalmando a população são remédios mal dimensionados que criam resistência ao vírus e lhe dá mais forças para progredir.

Meias mentiras para criar consolo, advindas da irresponsabilidade e ignorância das autoridades são alimentos eficazes a um mal desconhecido.

Medidas mal dimensionas sem uma estratégia global para o país são gotas de água sobre uma chama que nos deixará marcas profundas.

Ante o cenário que se apresenta, encontramos ainda a radicalização da disputa de poder. O desafeto da imprensa e incompetência governamental. Não estamos sendo capazes de enfrentar o inimigo e acirramos uma briga interna. Não nos sobra ninguém. Classe política, imprensa, aqueles que compõem os Três Poderes deste país. Ouçam o apelo da responsabilidade, unam-se por esta causa que é a maior e a única  que interessa, neste momento, à população.

Presidente, delegue a um comitê de guerra as decisões e a liderança.

Comitê, faça o que tenha que ser feito por inteiro sem medos.

Judiciário e Legislativo, somem esforços.

Imprensa,  vocês são nossa esperança, preguem a paz, esqueçam desafetos e se concentrem em uma única guerra. A guerra pela vida e só contra o vírus.

Se não houver a ação imediata, firme e competente nos arrastaremos por meses em uma agonia que poderíamos ter amenizado.

“Fogo com fogo se ataca”.

 

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