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Haja paciência

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Estou há dias sem escrever. De fato, considerei enormemente interromper essa minha carreira de articulista. De certa forma, ainda considero.

Escrever é a arte de expor-se a todo tipo de reação. Como diz Fernando Pessoa, enquanto nos pertence a tarefa de escrever, ao leitor é outorgada a prerrogativa de interpretar-nos livremente. Tenho alguns leitores assíduos. Não concordam com tudo que escrevo, mas apreciam minhas opiniões e análises sobre temas diversos do nosso quotidiano, especialmente o político, tema ao qual mais recorro.

Tenho também alguns anti-leitores. Eles perseguem qualquer texto que leve a minha assinatura para opor-se a mim. Não interessa o que eu diga, estou sempre errado para esses disciplinados críticos, ainda que elogie Jesus Cristo. Os anti-Kleber talvez me sejam mais importantes que os meus diletos leitores. Primeiro, porque me fazem lembrar que não bastam boas intenções, você sempre agradará uns e desagradará vários. Segundo, porque eles me fazem rir um bocado.

Mas, escrever é meu maior vício. Posicionar-me meu maior pecado. Principalmente contra a injustiça e a incoerência. Talvez por essa razão eu nunca deva parar de escrever, porque a injustiça e a incoerência são as ervas daninhas da pós-modernidade, e teimam em se eternizar.

Incoerência como a do empresário Mauro Mendes, que fica a torrar o nosso saquinho com esse lengalenga de “ainda não me decidi se serei candidato”. Ora, ora, ora. Então, deixe para dizer alguma coisa quando se decidir.

Do Mauro há outra ainda. Ele se recusou a assinar um manifesto do setor da construção civil, sobre as obras do PAC, mas demonstra uma dedicação franciscana na briga dos madeireiros. Estaria defendendo os madeireiros ou, na verdade, o governador e neo-amigo Blairo Maggi?!

Incoerência como a do presidente da Unimed e dono do hospital Femina, Kamil Fares, que exige cheque caução em internações pela Unimed em seu hospital. É como se não aceitasse seu próprio cheque, por medo de não ter a devida provisão de fundos. E ainda quer ser vice-prefeito de Cuiabá.

Incoerência como a do amigo Antonio de Souza, que também escreve nestas páginas, ao fazer campanha sistemática contra o Walter Rabello, acusando-o de toda sorte de crime ético por ter um programa de TV e ser pré-candidato a prefeito de Cuiabá, e, ao mesmo tempo, tecer loas a Maksuês Leite – que também tem programa e é, igualmente, pré-candidato ao mesmo cargo, só que em Várzea Grande -, a ponto de classificá-lo como “uma referência política” (sic) do outro lado da ponte.

Incoerência como a do ex-trator do governo Blairo Maggi, Luiz Antonio Pagot, por ainda não ter mostrado a que veio, no Denit, e vir aqui toda semana dizer que é candidato a governador em 2010. Antes, como dizia o imprescindível Vila, Pagot era aquele que construía com a Patrol e destruía com a língua. Ultimamente, no entanto, só percebemos o poder de sua língua. Como não tenho tanta paciência, eis-me aqui de volta.

Kleber Lima é jornalista em Cuiabá e pós-graduado em marketing

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