Quando assumimos a Secretaria de Fazenda do Estado de Mato Grosso tínhamos vários desafios a serem enfrentados, mas algo em especial me chamava atenção. Falo da elitização da pasta, no sentido da distância para com o cidadão. A figura do Secretário de Fazenda sempre foi suplantada pela força descomunal da marca Sefaz, ou seja, não precisava se esforçar muito para ser destacado como “o homem forte de qualquer governo”, ou mesmo “homem de confiança”, “o homem forte do cofre estadual”, enfim, vários eram os chavões que se rotulavam aqueles que por ela passaram.
Assumi a administração fazendária no dia 21 de fevereiro de 2008. Implementamos inúmeras medidas de impacto, as vezes impopulares, mas necessárias de serem tomadas. Não nos faltou coragem e nem nos inibimos para decidir temas polêmicos e combater ilícitos, desvios, sonegação, evasão fiscal e ao mesmo tempo adotar um ritmo frenético de obras de infra-estrutura fazendária, modernização institucional, investimento em qualificação do servidor, tecnologia da informação, metodologias gerenciais modernas e eficientes, acompanhamento de execução de tarefas e aferição de resultados. Fizemos o possível e o impossível para uma gestão de resultados e quebra de paradigmas.
Diversas ações e forças especiais foram executadas nos mais variados segmentos da economia mato-grossense. Estabelecemos uma relação de objetividade com o contribuinte e buscamos a proteção das empresas regionais contra a concorrência predatória, que há anos vinha prejudicando Mato Grosso. Lutamos “com unhas e dentes” na defesa dos interesses do Estado na intenção, sempre muito clara, da melhoria da qualidade de vida do nosso povo, como sempre determinou o governador Blairo Maggi.
Relato isso de forma sucinta, pois “graças a Deus” se fossemos relatar todas as ações frente à Sefaz faltaria espaço. Isso não é soberba, mas apenas uma constatação do trabalho de quem está determinado a uma gestão profícua e, acima de tudo, registrar o enorme apreço que tenho pelo cidadão, pelo povo, de quem emana a legitimidade de governar e poder servir ao governo.
Fiz questão de entregar em mãos aos contribuintes, consumidores finais, cidadãos comuns, donas de casa, micro empresários e micro empreendedores a nossa prestação de contas nos pontos de ônibus, feiras livres, bairros, avenidas, semáforos, mostrando as ações desse primeiro ano de gestão. Como é bom poder falar com o povo de cabeça erguida, com a certeza do dever cumprido, e ouvir o clamor das ruas onde podemos refletir e repensar políticas públicas.
É muito gratificante ouvir um PARABÉNS, VALEU, É ISSO AÍ, NÃO ACREDITO QUE É VOCÊ, enfim, nos dá a sensação de que todos os aborrecimentos, obstáculos que são colocados a nossa frente são apenas incentivos para que continuemos a agir com o espírito de homem público, comprometido com o povo. É por isso que afirmo: gosto mesmo é do cheiro do povo.
Eder de Moraes Dias é Secretário de Fazenda de Mato Grosso.