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Gente boa

Francisney Liberato Batista Siqueira a- auditor público externo do Tribunal de Contas do Estado de Mato Grosso, palestrante nacional, professor, coach, advogado, contador e escritor
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Há basicamente dois tipos de relacionamento: o relacionamento interpessoal e o relacionamento intrapessoal. No primeiro, o indivíduo se relaciona com os outros seres humanos. Já no segundo, ocorre um relacionamento interno, ou seja, consigo mesmo.

Lidar consigo mesmo é uma tarefa extremamente difícil, uma vez que ocorrem variações das nossas emoções e dos nossos comportamentos. Muitas vezes temos um dia ótimo e quando vem a noite, para dormir, dormimos felizes, mas ao acordar, por motivos que nem sempre sabemos explicar, não amanhecemos da forma como dormimos, isto é, não despertamos bem.

É claro que se houver pequenas variações, no meu ponto de vista, é até normal, porém se houver grandes alterações, nesse caso, é recomendável procurar um profissional da área da psicologia para verificar o que está acontecendo dentro do nosso cérebro.

Relacionar-se com os outros indivíduos não é uma tarefa muito fácil, uma vez que cada um tem o seu histórico de vida, influência da hereditariedade, a forma como foi criado e educado, influência do meio, enfim.

Temos muitas dificuldades para nos relacionar com outros indivíduos, tais como: cônjuges, namorado(a), irmãos, pais, familiares, amigos, colegas de escola e trabalho, irmãos de igreja, colegas de futebol, dentre outros.

Muitos dizem que fulano ou fulana é gente boa! Que a menina ou rapaz são simpáticos. Como são “gente boa” as pessoas que estão próximas de nós! Alguns até pensam que a “grama do vizinho é mais bonita e mais verde”. Isso é óbvio, pois a grama é do vizinho e não sua. Em outras palavras, está distante e não convive com você.

A distância do ser humano, não vemos os seus erros, dificuldades, falhas, defeitos de caráter, manias, chatices, reclamações, a raiva, as críticas, a lentidão ao aprender, o cheiro, o bafo, o ronco e outros dissabores que só conhece quem está e convive.

A distância do indivíduo, vemos apenas a “ponta do iceberg”, o exterior, a fragrância do perfume, o cabelo penteado, o sorriso no rosto, a simpatia, a parte do relacionamento, a boa conversa sem críticas e intrigas, o indivíduo inteligente, enfim.

Quer saber se as pessoas são boas ou não? Uma dica muito simples é: passe a conviver com esses indivíduos de perto. Pergunte ao cônjuge como é verdadeiramente o marido. Pergunte ao pai como é realmente o filho.

Costumo dizer que somos como porcos-espinhos. Como assim? É isto mesmo: todos nós temos os nossos espinhos que estão conjugados com o nosso ser. E ao se aproximar de outro ser humano ocorre uma colisão, isto é, os nossos espinhos machucam o outro; e os dele, a nós.

As pessoas são boas e admiráveis quando estão a distância e não as conhecemos com profundidade. Como disse o desenhista, humorista, dramaturgo, escritor, poeta, tradutor e jornalista brasileiro Millôr Fernandes: “Como são admiráveis as pessoas que não conhecemos bem”.

Para saber se devo ou não conviver com esses indivíduos, temos que analisar sob o seguinte ponto de vista: os erros e as falhas dessa pessoa eu consigo tolerar, respeitar e com ela conviver em harmonia? Se a resposta for sim, continue com seu relacionamento; do contrário, seja prudente, sábio e tome a melhor decisão para a sua vida. Não crie muitas expectativas sobre as promessas de mudanças do outro ser humano para não se frustrar.

Gente boa? Sei não! É necessário avaliar com mais profundidade para saber se de fato é. Temos que ter consciência de que não somos perfeitos, temos falhas assim como outros indivíduos, contudo, diante de toda essa situação, creio que ainda seja possível respeitar cada ser humano e aprender a conviver com eles.

A convivência entre os seres humanos é muito melhor do que a solidão e o isolamento social.

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