quarta-feira, 24/abril/2024
PUBLICIDADE

Ego ferido…

PUBLICIDADE
PUBLICIDADE

Desde sempre a política partidária separa seus representantes no intuito de uni-los pelo bem comum. Ao menos, este é o simbolismo de posição e oposição dentro do poder legislativo seja ele na esfera municipal, estadual ou federal.

Em tese, os pontos de vista divergentes deveriam ser usados para encontrar uma saída satisfatória para a maior interessada nos assuntos discutidos (ou que ao menos deveriam ser), a sociedade.

Tal objetivo só não é alcançado quando os envolvidos no processo levam por toda vida representativa as magoas do período eleitoral, quando com ânimos a flor da pele, falam o que não devem e agem de forma individualista, deixando cicatrizes profundas na relação institucional a qual estarão sujeitos.

Ao longo dos últimos anos temos acompanhado uma seqüência de acusações entre membros do legislativo sinopense. Até então a ala chamada posição ouvia as lamurias do bloco contrário, dava respostas por vezes evasivas e seguia na defesa da municipalidade e seu administrador.

O comportamento “mulher de malandro” da administração municipal e seus defensores na câmara de vereadores parece estar com os dias contados.

Mostra da mudança radical foi dada na última sessão onde o vereador Jorge Muller – líder do prefeito – disse textualmente: – Se dizem que do lado de lá do muro (prefeitura) tem maracutaia, vamos provar que aqui (câmara) também têm.

A guerra foi declarada.

Nos próximos dias ambos os lados serão municiados para depreciar o oponente e se possível faze-lo padecer junto à opinião pública.

A se lamentar, apenas o fato que tal batalha não irá contribuir para o fortalecimento de nosso município que passa por uma crise sem precedentes. Ao contrário, poderá expulsar possíveis interessados em investir por aqui, haja vista que a disputa de prestígio entre os poderes deixa clara a fragilidade do sistema governamental do município onde infelizmente, outros interesses que não o da coletividade parecem ser colocados em primeiro plano.

Quem sabe em breve nossos políticos deixem de lado o ego ferido e entendam que a democracia se dá pelo exercício da pluralidade de idéias; estimulando e respeitando as diferenças e por assim ser, abrindo caminho para um projeto generoso, humanista e justo para todos.

Clayton Cruz é jornalista, radialista e editor do blog www.imprensando.com.br em Sinop.

COMPARTILHAR

PUBLICIDADE
PUBLICIDADE

Mais notícias

Sem dúvida nenhuma

As pessoas esquecem-se da simplicidade da vida adiando decisões,...

Da Constitucionalização do porte e uso de drogas

O Senado Federal aprovou em segundo e último turno...

G20: Manejo Florestal um caminho para mitigar as mudanças climáticas

Compartilho algumas reflexões sobre um tema de extrema relevância...

A medula da Constituição

Estamos precisando ler a Constituição com a mesma frequência...