Desde 1991, que 14 de novembro foi estabelecido como o "Dia mundial do diabetes", por iniciativa da Federaçao Internacional de Dibetes (diabetes international federation), organismo vinculado `a Oganização Mundial da Saúde/ONU, para servir de alerta tanto aos governos quanto demais entidades públicas enão governamentais e a sociedade como um todo quanto ao perígo que esta terrível doença representa para milhões de pessoas. No Brasil a SBD – Sociedade Brasileira de Diabetes tem feito um grande esforço para alertar a sociedade quanto `a gravidade do problema.
Desde aquele ano o Dia Mundial do Diabetes passou a ser incluido no calendário dos organismos de saúde e a cada ano um tema passa a ser o ponto central da campanha . Para o periodo de 2009 a 2013 a ênfase tem sido e continua sendo "Educar para prevenir", esta que tem sido considerada o "assassino silencioso" (the silent killer).
Através da Resolução 61/625, de 2007, a Assembléia Geral da ONU considerou o diabetes como um problema gave de saúde pública e conclamou os países-membros a divulgarem este dia como um alerta e conscientização quanto `a gravidade da doença,que está incluido no grupo que é responsavel pelos óbitos em todos os países que são as doenças crônicas não transmissíveis.
Ao lado das doenças dos aparelhos circulatórios, respiratório e das neoplasias (diversos tipos de câncer), o diabetes é uma doença que não tem cura e, mais grave, a maioria dos pacientes sequer suspeitam ou sabem que estão sendo corroidos pela mesma. O avanço do diabetes, as taxas de mortalidade, o total de óbitos e outros efeitos do mesmo, como amputações, perda de visão, impotêcia sexual, custos financeiros para os sistemas de saúde, prejuizo por ausências prolongadas no trabalho e aposentadorias precoces impoõe um grande sacrifício e prejuizo para os portadores da doença, suas famílias, a economia e a sociedade em geral.
Em 1985, Segundo dados da OMS e outras entidades voltadas aos estudos e tratamento do diabetes, o número de diabéticos no mundo era de 30 milhões de pessoas, passando para 135 milhões em 1995; aumentando para 173 milhões em 2002, atingindo 347 milhões em 2012. As projeções indicam que em 2030 serão 439 milhões de portadores do diabetes melittus. Para agravar ainda mais a situação estimma-se que as pessoas consideradas pré-diabéticas, que poderão ser transformadas em diabéticos são em número bem superior aos atualmente diagnosticados com a doença.
No Brasil também o número e as taxas de diabetéticos para cada grupo de 100 mil habitantes é muito grande. Os óbitos por doenças crônicas não transmissíveis ( DCNT) entre 1991 e 2010 foi reduzido em 26%, com excessão do diabetes que experimentou um aumento de 24%.
Em 2010 foram diganosticados como portadores de diabetes tipo 2 (melittus) em torno de 12 milhões de pessoas. Em decorrência, nosso país passou da oitava para a quinta posição quanto o total de diabéticos. A evolução do número de óbitos em decorrência direta do diabetes, segundo a classificação das causas de óbitos do Ministério da Saúde/DataSUS e IBGE, passou de 28.339 em 1998 para 54.877 em 2010, aumento de 93,6%, uma escalada muito superior ao crescimento demográfico no mesmo periodo. O total de óbitos no period de 13 anos no Brasil foi de 534.219 pessoas, das quais 56,3% mulheres e 43,7%homens. As projeções indicam que dentro de cinco anos o número de óbitos deverá ser superior a 70 mil por ano.
O diabetes está associado com a obesidade, outra doença insidiosa e em rápido crescimento no Brasil e em todos os países, hábitos alimentares incorretos e pouco saudáveis, sendentarismo e baixo nível educacional em geral e educação para a saúde em particular. Apenas para se ter uma idéia, os meios de comunicação fazem um verdadeiro carnaval quanto `a violência em nosso país, o que não deixa de ser importante para alertar nossas autoridades para a gravidade da situação. Todavia, pouco é dito sobre os riscos do diabetes e que o mesmo mata mais do que os homicídios registrados. Por exemplo em 2010 foram registrados 53.016 assassinatos; 43.908 mortes em acidentes de trânsito; 12.151 por AIDS e nada menos do que 54.877 mortes por diabetes.
Esses são numeros que aterrorizam qualquer sociedade, mas que em nosso país parece que isto não preocupa e nem mesmo envergonha nossas autoridades, principalmente as da area da saúde. Oxalá este DIA MUNDIAL DO DIABETES possa servir não apenas de alerta para a população, mas também para que nossos governantes assumam suas responsabilidades nesta e em todas as demais áreas onde o caos e o descaso continuam a massacrar o povo brasileiro.
Juacy da Silva professor universitário, mestre em sociologia, colaborador de Só Notícias
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