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Dante, sim…

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Dos muitos adjetivos que se pode usar para “definir” o político Dante de Oliveira, um é essencial: Extraordinário. Dante, sim, foi, e é, extraordinário. Homem de uma tenacidade incomum e de uma vocação política singular. Mais que um estadista, um visionário. Soube pensar Cuiabá e Mato Grosso com o olhar do século XXI.

Se hoje, temos sérios problemas no trânsito; imaginem esse trânsito sem a Perimetral (Av. Miguel Sutil). Claro que nos é impossível fazermos qualquer exercício imaginativo que não nos leve ao caos absoluto, à imobilidade total. Penso que Dante mais do que pensar; sonhava, antevia nossa Cidade Verde com casas e prédios brotando do chão a cada minuto, gente aportando de todos os rincões brasileiros e ajudando a erguer essa cidade de mais de meio milhão de pessoas. Dante da ponte Sérgio Motta, Dante dos PSFs, Dante da feira do Porto, Dante do belíssimo parque Mãe Bonifácia, Dante do Centro de Queimados, Dante das eleições diretas para os diretores das escolas municipais… Por favor, pensem em cada uma dessas obras (e nem é preciso citar mais) em sua dimensão social, na melhoria da qualidade de vida de nossa gente. Não dá pra imaginar Cuiabá sem nenhuma delas…

Quem fez o Mato Grosso tão estratégico para o Brasil e para o mundo? Dante. Explico: talvez muitos não se recordem, mas não tínhamos energia elétrica. Tínhamos um arremedo oscilante, inconstante e insuficiente. Aí Dante fez a usina do Manso e com a energia farta vieram empresas, empresas e mais empresas… gerando empregos e mais empregos que crescem mais e mais fazendo de Mato Grosso o estado que cresce mais que os chineses. Fez a revolução agrícola… o algodão de Mato Grosso ( lembram-se daquelas toalhas feitas com o nosso algodão?) que com mais uns tantos “pró-“ (Madeira, café, arroz etc.) fizeram explodir a produção agrícola mato-grossense. “Um palmo acima do chão” brotava outro Mato Grosso.

Quando renegociou a dívida do estado e, com autossacrifício, saneou a máquina pública retomando a capacidade de investimento e gestão do patrimônio estatal, decretou o “Mato Grosso, hora de investir”. Pra cá vieram vários países e estados para conhecer a, até então, “terra de índios”. Nascia, em meio a grandes dificuldades e desafios colossais, o estado mais dinâmico e arrojado da federação. Viramos exemplo de gestão, de produção, de desenvolvimento e oportunidade. Um novo Eldorado…

Assim como Itamar Franco (Pai do Plano Real) que nos deixou a pouco, Dante foi mal compreendido. Pior, difamado, caluniado e derrotado em sua pretensão ao senado. Inadvertidamente, no dia 06 de julho de 2006, não o Deputado, também não o Prefeito, nem o Governador, tampouco o Ministro e muito menos o “Homem das Diretas”, mas o cidadão Dante de Oliveira deixou-nos. Partiu com a mesma simplicidade e humildade que dele fizeram o maior político mato-grossense. Porém, ficou na memória viva do nosso povo um exemplo de como servir com grandiosidade um estado e uma cidade.

Guilherme Maluf é médico e Deputado Estadual pelo PSDB.

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