Embora sugestione o contrário, as linhas a seguir não têm por objetivo levantar suspeita sobre a didática aplicada na coleta de informações sobre o pleito eleitoral que se avizinha, muito menos desmerecer ou desqualificar quem nelas figuram como favoritos.
Lugar comum nos meios de comunicação, as pesquisas de opinião pipocam a todo instante causando frenesi nos diretamente envolvidos na indústria do voto. O termo indústria pode chocar em principio, mas um olhar apurado e livre de paixões partidárias dará a real noção dos meandros do processo de construção de uma candidatura vitoriosa ou não.
A antecipação dos números é proposital, busca dar a impressão de unanimidade a quem está no topo. Esquecem-se, no entanto, que o termo intenção, deve ser interpretado ao pé da letra; é vontade, desejo e não uma ação concreta por parte de quem o detém. Ademais, só é líder quem tem adversário.
A regra em uso, não deixa outra interpretação que não a de favorecimento daqueles que estão na dianteira, e assim, maculam o principio da democracia no que tange sua característica principal, em essência a liberdade do ato eleitoral.
Ante o exposto, a pesquisa eleitoral é responsável por azeitar a máquina política, lustrar o ego dos candidatos e faze-los descer goela abaixo junto ao eleitorado displicente e desinteressado, espécimes no melhor estilo Maria-vai-com-as-outras.
Clayton Cruz é radialista em Sinop e editor do blog www.imprensando.com.br