O desserviço prestado pelo ex-senador Antero Paes de Barros ao Estado de Mato Grosso e o povo que habita os seus limites geográficos, não representa apenas um lastimável estado de miserabilidade cívica e cultural, como também demonstra que as ações praticadas pelo ex parlamentar para tentar impedir que o Sr. Luiz Antônio Pagot assuma a alta direção do DENIT só nos faz levar a crer, que o ex senador é um individuo profundamente recalcado e que nada aproveitou da herança de dignidade, probidade e espírito público dos seus ilustres parentes a exemplo do seu pai e avô bem como dos demais varões da família Paes de Barros que durante a honrada vida que tiveram deram tudo de si, contribuindo de forma decente, para que Mato Grosso atingisse hoje o estagio de desenvolvimento que se verifica em nossos dias. Vou explicar: A família Paes de Barros, é de fato e de direito, entre outras ramificações genéticas que povoaram essa importante parcela de chão da Amazônia Legal, um povo que por merecimento deve ser reconhecido como desbravador, propulsor do desenvolvimento sócio-econômico e político desse Mato Grosso continental, quando tudo isso aqui ainda era apenas e tão somente um imenso deserto perdido no horizonte de três ecos sistemas, que não tinha a menor importância aos olhos do poder central brasileiro e muito menos ainda, se ampliarmos nossas considerações em nível das Américas e do mundo. A bravura e o desprendimento da família Paes de Barros, transformaram ao longo do tempo, a inóspita grandiosidade territorial do velho e abandonado Mato Grosso, antes da divisão, no promissor celeiro do mundo que é agora.
Não seria possível esquecer o empreendedor Totó Paes de Barros, que teve a coragem e mais que isso, a audácia de instalar nas barrancas do lendário Rio Cuiabá, mais precisamente na localidade de Leverger, uma das mais extraordinárias usinas de açúcar batizada com o nome de Itaici. Tal empreendimento só poderia ser obra de um visionário, de um homem que pensava alem do seu tempo. Aquele Paes de Barros superou todos os obstáculos que se interpôs no seu caminho. Ele realizou uma das mais grandiosas obras dos seus dias. Itaici até onde sabemos não foi apenas uma indústria imaginada, executada e posta em marcha para demonstrar a grandeza de atitude de um empreendedor. Itaici foi praticamente um Estado vivo criado por um sonhador dentro de um estado morto, onde uma caterva de políticos dorminhocos, incapazes de promover o bem comum, o que faziam era cultivar a inveja, picuinhas, promovendo de forma mesquinha, o desmanche de obras grandiosas como a de Totó.
Em dado momento, após terem a certeza da impossibilidade de vencê-lo no campo das idéias, optaram de forma covarde, a por fim, não apenas a careira do industrial e empreendedor impar, mas também, a vida daquele grande bem feitor! Nós aqui estamos tentando imaginar a distância que separa os Paes de Barros do passado e o seu descendente Antero, que durante sua vida pública como secretario do governo de Mato Grosso, deputado federal ou senador da república, marcou sua passagem pelo poder de forma sombria. Como secretário do governo de Mato Grosso teve o nome hasteado no topo do escândalo denominado Secom-Gate, como deputado federal sumiu de cena na Câmara, como senador se notabilizou por ter comandado a CPI do Banestado, mas o que fez o citado senador na honrosa função? Nada, vez que nem mesmo chegou a apresentar o relatório final da dita CPI.
Diante disso seus ilustres ancestrais por suposto devem estar de bruços nas covas onde foram sepultados. Agora sem mandato o senhor Antero alimenta uma central de fuxico distribuindo dossiês tentando impedir a nomeação de Pagot para a presidência do Dinit. Com isso perdem Mato Grosso, o Povo, e ele próprio. Vale concluir dizendo que Pagot é a alternativa mais acertada para comandar o órgão que muitos cobiçam, mas poucos ou quase nenhum daqueles que desejam derrubá-lo reúnem condições para o exercício da espinhosa função.
Ivaldo Lúcio é jornalista em Cuiabá.