O artigo 225 da Constituição da República Federativa do Brasil de 1988 tem o seguinte texto: ”Todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem de uso comum do povo e essencial à sadia qualidade de vida, impondo-se ao Poder Público e à coletividade o dever de defendê-lo e preservá-lo para as presentes e futuras gerações.”
defendê-lo e preservá-lo para as presentes e futuras gerações?
Será que estas gerações descritas no referido artigo constitucional se referem à população brasileira?
O modismo do discurso “ecolicamente correto” é fácil de ser seguido… é bonito…é elegante…é bacana…soa bem aos ouvidos…ninguém vai contra esta idéia, você não se desentende com as pessoas em rodas de conversas, somente tem que seguir a “massa.”
Difícil é pensar diferente… difícil é ter que obrigar aqueles que destruíram suas reservas florestais, poluíram suas águas, utilizaram a exaustão seus recursos minerais que terão de RECOMPÔ-LOS….é deselegante falar a verdade para quem não quer ouvir….é caro…é amargo…é inadmissível!
A Lei permite que cada proprietário rural da Amazônia possa derrubar 20% da totalidade de sua área. Onde está o crime? Estamos produzindo bens de consumo e alimentos… gerando empregos e riquezas de maneira sustentável.
Enquanto isso, em outros locais da Amazônia existem lavouras de coca e refinarias de tóxico… quem realmente são os “bandidos”?
Será que de tanto falarem em nossos ouvidos, fazendo-nos acreditar que realmente estamos contribuindo para a destruição do planeta, nós estamos passando a acreditar que realmente somos “foras-da-lei”?
Sobre as emissões de gases do efeito estufa, por que será que o Brasil depois de quatro anos de combate ao desmatamento, conseguindo baixar consideravelmente os níveis de destruição da floresta, mesmo assim permanece entre os que mais emitem gases do efeito estufa? Qual é a verdadeira intenção por traz desta notícia?
E mais, somente a cidade de São Paulo que possui uma frota da aproximadamente 6 milhões de veículos teria que plantar todos os anos 60 milhões de árvores para compensar as emissões de gases do efeito estufa, isto levando em consideração apenas os veículos de passeio movidos a álcool ou gasolina. sto mesmo!!! 60 milhões de árvores as quais equivalem a aproximadamente 120 milhões de metros cúbicos de madeira.
Assim como gostam de fazer comparações com o desmatamento e campos de futebol, ou ainda com caminhões carregados, as árvores as quais os habitantes de São Paulo teriam de plantar dariam para cobrir 600.000 (seiscentos mil campos de futebol) ou dariam para carregar em torno de 2.000.000 (dois milhões de caminhões) por ano.
Mas infelizmente este discurso não agrada… e se quer é veiculado na mídia, não dá ibope… seria mais uma informação abafada…pra que levantar esta lebre se o assunto da moda é a AMAZÔNIA?
As mudanças climáticas vêm ocorrendo desde que o planeta existe, eventos muito maiores e mais devastadores aconteceram milhões de anos atrás.Definitivamente a Amazônia não é a solução para todos os problemas ambientais do planeta como querem fazer-nos acreditar…
O dinheiro gasto com punição e vigilância poderia ser investido na educação ambiental de crianças, jovens, adultos e idosos… sim todos nós temos que ter noção de que é perfeitamente possível que os BRASILEIROS possam explorar de forma sustentável os recursos naturais da Amazônia.
Não vejo políticas públicas de incentivo as pesquisas na Amazônia, o que vejo são “biopiratas” levando as nossas riquezas “in natura” para depois nos vender seus produtos enlatados.
É assim desde o descobrimento do Brasil….levou-se o ouro em barras para depois nos vender as jóias…levaram o Pau-Brasil para depois nos vender os tecidos tingidos…inclusive já tentaram patentear produtos genuinamente amazônicos…lutar contra tudo isso é difícil…
Porém, é mais fácil colocar uma metralhadora na cabeça de um trabalhador do que um livro de educação ambiental na mesa de um aluno…é mais fácil fazer-nos acreditar que somos “bandidos” do que obrigar outras Cidades, Estados ou até mesmo Nações inteiras a reparem os erros que cometeram…
É mais fácil ocupar a Amazônia com um discurso “ecologicamente correto” através de políticas intervencionistas e leis ambientais radicais do que comprar briga com gente grande…
Por fim, não seria melhor que o artigo 225 da Constituição tivesse em seu texto o verbo RECOMPOR, em vez de apenas preservar e defender?
Preservá-la pra quem?
“O pior cego é aquele que faz questão de não enxergar.”
“Minha terra tem palmeiras onde cantam os sabiás… as riquezas que aqui se escondem não existem em outro lugar.”
Vinicius Ribeiro Mota é advogado em Mato Grosso, especialista em Direito Ambiental, e membro da Sub-Comissão de Meio Ambiente da OAB/MT.