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A relação médico-paciente: um novo paradigma

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Há anos a prática médica era exercida sem muitos cuidados específicos relacionados à esterilização e ao uso de equipamentos de proteção individual. Assim, consultas, cirurgias e partos eram realizados à mercê dos auxílios divinos. O médico era visto como um ser dotado de características miraculosas e por isso, endeusado. De fato, exercer a profissão com tantas dificuldades da época não era tarefa das mais fáceis. No entanto, a atual realidade é pautada de uma medicina mais científica e menos humana. Substitui- se o tato por aparelhos emissores de qualquer tipo de energia que mecanicamente traduz patologia, mas, que não transfere ondas de calor palpáveis advindas de um coração desejoso de ajudar. Contudo, são merecidos os aplausos à tecnologia médica que proporcionou exames e demais procedimentos monitorados a fim de se obter uma maior segurança e precisão nos diagnósticos. Porém, um médico como médico precisa olhar além dos casos clínicos. Não apenas tratar órgãos e sistemas adoecidos. É preciso ir além disso, pois os portadores destes estão fragilizados e merecem atenção. Neste contexto, algumas observações na relação médico- paciente precisam ser grifadas.

Acredita-se que ao estabelecermos um contato saudável com o paciente, estamos caminhando para um possível processo de cura, indubitavelmente menos doloroso. Esse vínculo é tão importante quanto olhar nos olhos do paciente. Aliás, já dizia um famoso poeta que “os olhos são as janelas da alma”. Uma doença somática muitas vezes tem razões emocionais. Logo, é preciso “substituir” o exame minucioso das partes e olhar o indivíduo como um ser único, trata- se do princípio da integralidade. É óbvia a atenção a moléstia, que foi o estopim para que o paciente procurasse ajuda. Entretanto, além de aliviar sinais e sintomas é necessário confortar sempre.E, por isso, a afetividade é uma das chaves para que uma reabilitação da qualidade de vida ocorra. Desta forma, é interessante saber o nome do paciente, seus gostos e aptidões, não nos referindo a ele como um indivíduo do quarto xis. Insisto, a tábua dos valores do paciente é tão importante quanto a sua quantidade de hemácias, leucócitos e triglicérides constatados no hemograma. Embora na teoria não seja complicado escrever acerca das qualidades de um bom profissional médico, a prática requer dedicação, trabalho, esforços, estudos e anseio de se tornar cada dia melhor. Além disso, sabemos do prestígio que envolve a medicina, e por isso, teme- se o orgulho, a prepotência e a omissão de cuidados. Sendo assim, a conduta médica deve ser baseada num alegre equilíbrio ético-moral-financeiro.

Amanda Destefani é estudante de Medicina na UNOESC- Universidade do Oeste de Santa Catarina

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