Que a vida tem lá seus contornos, suas simbioses tortuosas e cascalhenta, isso todo mundo sabe, mas não fazer nada para mudar esse quadro, e ainda atrapalhar a quem deseja, já é demais. Bastou criar a lei que reduz a menoridade penal de 18 para 16 anos, e já tem várias entidades, ONG’s, Direitos Humanos, dentre outros, para contestarem. Mas, afinal, por que ser contra? A quem interessa manter bandidos menores de 18 anos na impunidade e protegidos por todos os lados? A quem interessa possibilitar o delinqüente andar armado e cometer seus freqüentes assaltos e perturbando as famílias ordeiras e honestas de nosso país? Creio que somente aqueles que nunca tiveram algum ente querido atingido por uma bala perdida, ou que tenha passado pela humilhação de ter que abodecer um canalha qualquer, sem poder se defender, e por aí afora.
O Estado de Mato Grosso, assim como quase todos os outros, está vivendo o seu inferno astral. A violência está generalizada. Por um lado as polícias estão desestruturadas: faltam viaturas, armas de calibre capaz de intimidar os bandidos, equipamentos de inteligência e tecnologia. Por outro, existe ainda a falta de matéria prima, pois o contingente ou efetivo, é insuficiente, muito reduzido, não atende as expectativas da sociedade.
Mas, voltando ao assunto, diga-se de passagem, para aqueles que são contra essa lei, certamente não lhes estão faltando a devida segurança, pois têm condições de te-la de forma particular. Na última sexta-feira, aproximadamente 19:00h, dois rapazes foram assaltados por dois bandidos armados numa moto CG escura, no bairro Morada do Ouro, quase em frente as suas residências que fica ao lado do mini-estádio. Ao saber do que havia ocorrido, um dos pais foi até a Delegacia que fica na av. dos trabalhadores fazer a denúncia, mas sequer foi atendido. O outro pai teve melhor sorte e lavrou a denúncia. Entretanto, foi advertido por um policial, que se encontrava no local, de que não iria acontecer nada, pois para que eles pudessem entrar numa boca-de-fumo, ou fazer uma investigação, seria necessário uma autorização judicial. E aí? Estamos, ou não estamos todos f.?
Sabe aquela história de que “parente é bom demais, mas, melhor mesmo é nunca precisar dele?”, pois é assim que eu vejo a polícia. É muito bom tê-la por perto, mas, melhor mesmo é nunca precisar dela. Conforme o caso dos rapazes, e se um delinqüente desse atira nos garotos durante o assalto? Qual seria a posição dos protestantes da lei já em vigor, quanto aos Direitos da família? Onde estão os direitos à segurança?, como é que ficaria a dor de uma dessas família se ocorresse o pior? Se alguém tem resposta, favor me provar, muito bem provado com autenticação registrada e assinada por Deus.
Vamos deixar de lero-lero, vamos por a mão na consciência e procurar resolver os problemas que afligem a sociedade. Essa lei pode significar um passo rumo ao combate a violência. Vamos deixar para avaliar se ela será má ou boa, após colocá-la em prática. A vida não está aí par a demagogia. Está na hora de acabar com trâmites burocráticos que só servem para facilitar a ação dos bandidos.
Independentemente do “diz que me diz”, de quem é contra ou a favor da nova lei, o mais importante nesse momento, é o combate à violência. Alguma coisa tem que ser feita e é pra ONTEM.
Gilson Nunes é jornalista
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