sábado, 20/abril/2024
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A Petrobras e os penduricalhos

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Fica a grande pergunta, o Brasil é ou não é autossuficiente na produção de Petróleo?
Ao olharmos  somente pelo valor quantitativo, o Brasil atingiu a produção suficiente para garantir o consumo interno, mas se olharmos pelo valor qualitativo o Brasil  ainda depende do petróleo importado.
               
“Com as descobertas gigantescas do Pré-Sal, tornaram o Brasil autossuficiente na produção de petróleo.  O volume total extraído hoje no país, de 2,6 milhões de barris por dia, o que em tese, seria capaz de atender à demanda nacional por combustíveis, mas na prática, porém, o país ainda não se livrou da importação de petróleo e derivados. Pelo contrário, os volumes importados têm aumentado nos últimos anos.
       
Em resumo; a Petrobras acaba exportando o petróleo pesado excedente e importando óleo leve para fazer a mistura. O problema é que o óleo pesado é mais barato do que o leve. Ganhamos menos com a exportação e gastamos mais com a importação. “As refinarias brasileiras precisam misturar o óleo pesado nacional com o óleo leve importado para conseguir refinar”, esses dados e informações são da própria Petrobras.  
     
Do total de óleo pesado produzido no país,  boa parte vai  para exportação, mas na balança do comercial, o dinheiro que entra não cobre o que sai, e com isso, o país continuará sendo importador, e o que é pior para o Brasil,  o óleo leve que temos que importar é mais caro, porque  rende mais derivados nobres e que são mais fácil de refinar.
          
O Brasil com a  totalidade de  2,8  bilhões diária de óleo produzidos, apenas 6% dessa produção da Petrobras se encaixa no grupo dos leves. Isso significa que o Brasil só é auto-suficiente em asfalto e não em gasolina. Por exemplo,  a Petrobras paga pelo petróleo leve o valor médio de  64 dólares  por um barril (160 litros), e vende o óleo pesado por 46 dólares o barril,  com isso a empresa gera um prejuízo de aproximadamente  1 bilhão de dólares na balança comercial, e quem paga esse prejuízo são todas a pessoas que consomem a gasolina; o diesel e o gás, ajuda a contribuírem para que para que a estatal consiga valorização das suas ações no mercado das bolsas de valores,  mesmo sem ser acionistas da Petrobras.  
          
Vejam que muitas manifestações e protestos virão por aí, pois R$ 0,46 centavos é apenas uma decisão paliativa, mas que na verdade o próximo governo terá que enfrentar essa crise que será constante. Além de impedir essas correções diárias nos valores dos combustíveis,  e além dos reajustes irreal, o  povo ainda tem que pagar os impostos (ICMS) de 17% no diesel  e  23% na gasolina. São cargas tributárias pesadíssimas que elevam os preços dos combustíveis.
         
O governo estadual tem que buscar junto ao governo federal a reforma tributária e  outras formas de compensações, além de fazer a sua parte, que é  promover as grandes reformas para diminuir os custos da máquina pública,  e buscar junto aos poderes o fim dos “penduricalhos”, como:  Verbas Indenizatórias, que não indenizada nada, mas engorda salários e são usadas para tentar fugir do teto constitucional e tem ainda os Auxílios, que beneficiam à quem não precisa de Auxílios.  São benefícios escândalos e que são legalizados por leis inconstitucionais e imorais, num país onde falta ao povo tudo, e nem as necessidades mínimas garantidas na Constituição, não são respeitadas.   
          
Tudo isso pode ser revisado através do voto, e que ao votar os eleitores usem a sua inteligência seletiva e votem em quem  tenha em seus projetos e propostas,  a reforma da Petrobras que é, e será o grande problema para o povo brasileiro,  e que  repense  a privatização  e abrir o mercado, colocando o fim no monopólio da produção e distribuição dos combustíveis no país.  
            
Ficou bem claro que a paralização de apenas uma categoria por uma semana, foi o suficiente para desorganizar todos os setores produtivos do país, e que o povo vote em  candidatos tenham competência para promover a reforma tributária diminuindo a carga tributária, e que se promova a diminuição dos custos pesados que são usados para manter os poderes, que se aumente o teto salarial e acabe com os pendulicários e auxílios, vejam que o valor orçamentário para manter a Assembleia Legislativa de Mato Grosso  é maior que a segunda maior cidade de Mato Grosso.
        
Agora é a hora de mudar tudo que está errado no país através do voto, porque  não precisamos de um “salvador da pátria” e nem de um “ditador”, precisamos sim,  de um gestor preparado para repensar o país e promover as grandes reformas, além de não ser corrupto claro, pois o país não aguenta mais 04 anos com reajustes sem previsibilidade e continuar mantendo os “penduricalhos” dos poderes, ou ainda,  ter um Presidente e seus Ministros investigados, mudanças estas,  só irão acontecer através do voto, com certeza.

Wilson Carlos Fuáh – Economista, Especialista em  Recursos Humanos e Relações Sociais e Políticas.
[email protected]         

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