quinta-feira, 28/março/2024
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A janela literária Nietzsche – o João, a luxúria e a fé

Cezar S. Santos
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Que ninguém duvide da fé de outrem, mas acreditar que meros seres humanos tem poderes sobrenaturais, inclusive de curas sobre outras pessoas, isso é ingenuidade, isso é pura ignorância, isso é não ter fé no supremo criador, no Deus verdadeiro que habita cada um de nós e que só Ele pode fazer milagres.

Não se pode servir a dois senhores ao mesmo tempo, ou se serve a Deus ou ao diabo. O evangelista Mateus em 6.24 bem define a questão da fé: “Ninguém pode servir a dois senhores; pois odiará a um e amará o outro, ou se dedicará a um e desprezará o outro. Não podeis servir a Deus e a Mamom¹”.

Também Nietzsche em seu Zaratustra, falando a seus discípulos, bem define o que é a fé e a crença em ídolos:
“Agora vou partir só, meus discípulos. Vós também ides partir sós. É assim que o quero.

Na verdade eu vos aconselho, deixai-me e revoltai-vos contra Zaratustra. Melhor ainda: envergonhai-vos dele, talvez vos tenha enganado.

O homem do conhecimento deve não somente saber amar os seus inimigos, mas também odiar os seus amigos. É mal pagar um mestre ficando só seu discípulo, porque não arrancais a minha coroa.
Vós tendes veneração por mim, mas que acontecerá se a vossa veneração um dia se desmoronar? Tomai cuidado para não serdes mortos por uma estátua.

Dizeis que acreditais em Zaratustra. Mas que importa Zaratustra? Sois meus fiéis, mas que importam todos os fiéis. Vós ainda não vos tínheis procurado, então encontraste-me. Assim fazem todos os fiéis, é por isso que a fé é tão pouca coisa.
Agora ordeno-vos que me percais e vos encontreis, e eu não tornarei para o meio de vós senão depois de todos terdes me renegado.

Na verdade meus irmãos, há de ser com outros olhos que hei de procurar os meus perdidos fiéis, com um outro amor que então os hei de amar.

E um dia tornar-vos-ei para mim amigos e filhos duma única esperança, de uma única fé.”
Diante disso tudo é de perguntar: Por quantos anos esse senhor que não é de Deus, enganou o povo na sua inocência, angústia e desespero, por quanto tempo exerceu seu poder maléfico sobre a população destituída da verdadeira fé no Deus verdadeiro, por quanto tempo aproveitou-se com suas luxurias, lascívias e volúpias sexuais em nome da fé, em nome de Deus, sem que ninguém tivesse coragem para desmascará-lo? É de perguntar também: Porque tantas pessoas em suas cegueiras procuram falsos milagreiros e não procuram ao verdadeiro Deus? “É por isso que a fé é tão poca coisa”.

1. Mamom. De acordo com os textos biblicos Mamom aqui não tem o sentido de riqueza, mas sim o sentido do mal. do senhor do mal, poderoso, intocável.

Cezar S. Santos – servidor público federal em Sinop

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