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A hora de Obama

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Há pouco mais de dez dias o Partido Republicano realizou sua convenção nacional em Tampa, no Estado da Flórida e teve que adiar os trabalhos do primeiro dia devido ao furacão Isaac, que acabou roubando a cena nos meios de comunicação do país. Nesta última terça feira, 04 de setembro, em Charlotte, Carolina do Norte, foi a vez dos democratas iniciarem sua convenção para homologar o nome de Barack Obama como candidato a Presidente dos Estados Unidos da América, por mais quatro anos.

É comum que em decorrência da cobertura da mídia os candidatos avancem alguns pontos nas pesquisas de intenção de votos e o partido que realiza sua convenção por último acaba sendo beneficiado. Como a atual disputa está sendo muito apertada, praticamente empate técnico, esperava-se que o candidato republicano, Mitt Romney, pudesse abrir uma certa vantagem logo após o encerramento da convenção do Partido Republicano. Todavia isto não aconteceu.
Conforme dados das últimas pesquisas Obama ainda continua com uma ligeira vantagem. Assim, de acordo com os estrategistas da campanha democrata, com certeza a convenção que está em curso deverá alavancar a sua candidaturo rumo a Casa Branca, para completer o trabalho iniciado em 2009.

No dia anterior à convenção os democratas lançaram a sua plataforma, um documento bem articulado, com 40 páginas, onde estão enfocados todos os problemas mais graves e as propostas (políticas públicas e suas correspondents linhas estratégicas de ação) para superar os desafios que estão postos perante o país, tanto interna quanto externamente.

Não podemos esquecer de que esta é uma eleição que está sendo realizada na maior potência mundial e seus resultados irão impactar a vida de milhões de americanos e também bilhões de pessoas nos quatro cantos do globo e poderá alterar profundamente as relações internacionais pelas próximas décadas.
Ao longo da convenção dos democratas diversas personalidades do mundo politico, social, cultural, institucional irão reforçar a tese de que os Estados Unidos de hoje, apesar das dificuldades, estão melhor do que há quatro anos quando Obama chegou à Casa Branca.

Enquanto os republicanos enfatizam aspectos da crise americana e tentam retomar a agenda "interrompida" do ciclo Bush, os democratas destacam que a crise econômica não foi culpa de Obama. Quando ele chegou ao poder a crise já estava incontrolável e que as causas teriam sido principalmente as políticas interna e externa conduzidas e implementadas pelos republicanos durante os oito anos de Bush.

A bolha imobiliária havia estourado, as guerras do Iraque e Afeganistão eram verdadeiras sangrias nas finanças públicas do país, consumindo em oito anos alguns trilhões de dólares, as falências estavam a galope, o desemprego na casa dos 12% e a recessão era a pior na história econômica do país desde a grande depressão dos anos trinta do século passado.
Assim, a convenção do partido democrata irá pontificar as realizações de Obama nos vários campos, seus feitos e suas propostas para continuar avançando e reconquistando as posições que os EUA ainda podem ter no cenário internacional. Para isto, a recuperação econômica, a universalização dos serviços de saúde, o fortalecimento da classe média, o empoderamento das mulheres, uma política imigratória mais humana e mais justa, os investimentos em educação, inovação, ciência e tecnologia são os caminhos a serem percorridos.

Na próxima semana, após esta convenção, os veículos de comunicação e os institutos de pesquisas de opinião deverão divulgar novos numeros das preferências dos eleitores e ai começa o periodo mais quente da campanha, incluindo os debates veiculados pela TV e outras mídias.

Duas grandes propostas estarão em choque. Uma visão extremamente conservadora defendida pelos republicanos e uma visão mais liberal e social defendida pelos democratas. Caberá aos eleitores americanos fazerem esta difícil escolha quanto ao futura que desejam para o país e as implicações desta escolha nas relações internacionais.

Juacy da Silva – professor universitário, mestre em sociologia, ex-diretor da ADUFMAT, ex-Ouvidor Geral de Cuiabá e colaborador de Só Notícias
[email protected]

 

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