Avaliando o que nos espera, apesar das evidências, o povo adotará uma alta dose de sensação de felicidade com a realização da Copa do Mundo, e como que meio “idiotizado” pelo poder do marketing político que massifica as inverdades pelas seqüências das repetições de falsas realizações públicas, e toda essa grande festa da democracia esperada para pós Copa, contagiará o povo, e este será levado a acreditar em propostas de um mundo melhor e como forma de mágica distanciará o eleitor das conquistas possíveis e aquele poder de consciência desaparecerá, pois onde tudo é pouco, os candidatos transformarão – o pouco em muito aparentemente, até que as evidências possam indicar o contrário.
Por um momento, muitos dos meus contemporâneos passarão a acreditar que a Copa do Mundo virá como a fórmula mágica baseado em projetos faraônicos para dar ao povo a ilusão de que os serviços públicos, agora terão qualidade e terão padrão Fifa, e que, em breve, todos esses sofrimentos e as dores das causas enfermas serão coisa do passado, pois a palavra doença sairá das bocas sofridas desprovidos de convênios médicos, todos terão o estado geral com ausência de doença.
Até o transporte apelidado de público, ficará somente das memórias imprecisas daqueles que ficam a esperar nos pontos de ônibus a sonhar com os olhos dos políticos, a esperar pelas “estações” refrigeradas, com frigobar e biblioteca, sentados nas poltronas imaginárias que fazem massagens (como as dos Deputados), será que a Copa tem esse poder de transformar tudo e levará as pessoas acreditarem que realmente vamos dar um pulo na qualidade de vida, onde nos tornaremos pessoas que um dia sonhamos ser?
Após a Copa virá a grande festa da democracia, e a contagem regressiva para as eleições até já começou. Os acordos estão no ar, tem até político querendo sair em busca de passaportes para ocupar aquele cargo é vitalício, que para alguns é chamado de cemitério de políticos, mas também existem outros que estão na expectativa de ocupar aquela cadeira instalada no Paiaguás, e para alguns palpiteiros que se autodenominam de “Cientista Político”, já estão dizem, que essa cadeira já tem dono, mas em eleição tudo pode acontecer.
Mas, a festa vai continuar, pois já começaram a contagem regressiva para o futuro, e a única certeza é que o castigo não vem a cavalo, mas agora vem pelo WhatsApp, e ao fim das festas essa multidão ficará a espera das realizações e até chegar no ápice da sua existência, pagando muito impostos e recebendo pouco retorno em forma de serviços públicos de qualidade.
E assim a vida continuará em busca de novas festas até chegar às próximas eleições, sem Copa e sem Carnaval, mas para o povo restará as poucas comemorações que o seu rico dinheirinho possa pagar.
Wilson Carlos Fuá – economista especialista em Administração Financeira e Relações Sociais e Políticas