Os campus da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) em Sinop vai aderir a greve dos servidores técnicos administrativos, por tempo indeterminado, a partir da segunda-feira (6). O representante do Sindicato dos Trabalhadores em Educação da unidade, Joelson Luiz Zatti, disse, ao Só Notícias, que, inicialmente, os 60 servidores ficarão concentrados no campus e aguardarão demais orientações do sindicato geral, que fica em Cuiabá.
A paralisação prejudicará os mais de dois mil acadêmicos distribuídos em oito cursos, sendo a primeira da história do campus. “De certa forma sim, porque irão parar de funcionar a biblioteca, laboratórios, onde não haverão aulas e também a administração”, declarou o representante. Professores não participam da mobilização, devendo as aulas continuar normalmente.
Os servidores aprovaram a greve hoje, em assembleia, na capital. A decisão acompanha a orientação da plenária da Federação dos Sindicatos dos Trabalhadores das Universidades Públicas Brasileiras (Fasubra) realizada ontem. “Essa decisão foi tomada baseada no entendimento da direção nacional da federação, de que o governo federal não apresentou nenhuma proposta concreta que contemple, nem em partes, as reivindicações da categoria”, diz, em comunicado, a coordenadora geral da entidade, Léia de Souza Oliveira.
Na referida plenária, foi definida a luta pelo o aumento do piso salarial da categoria, que atualmente é de R$ 1.034, para três salários mínimos, o elevando para R$ 1.635. Além disso, é reivindicado aumento de 6,7%. O índice acompanha a evolução do Produto Interno Bruto (PIB) nacional, mais 5% referente à inflação prevista para 2011, totalizando 11,7%.
O aumento solicitado contempla a categoria em sua totalidade, inclusive os aposentados. É requerida ainda, racionalização de cargos, Vencimento Básico Complementar (VCB), o reenquadramento dos aposentados, isonomia dos benefícios e de ações judiciais.