O sistema de monitoramento climático em Mato Grosso registrou mais de 601 mil descargas elétricas, no últimos três dias. A inversão climática foi causada por uma mudança na circulação de vento, associada a chegada de frentes-frias ao centro-oeste, que trouxeram junto temporais e ventos.
A região de Sinop foi a mais afetada, além de Alta Floresta, Paranaíta, Matupá, Nova Guarita, Nova Santa Helena e Novo Mundo. Nesta área o volume de ocorrência foi quase quatro vezes maior que o normal.
O climatologista e professor da Universidade Federal de Mato Grosso, Rodrigo Marques, estuda o clima na região há anos e explica com mais detalhes esse fenômeno. Segundo o especialista, a alteração do tempo acontece por causa da troca de estações, do inverno para o verão. No entanto, quanto maior for a diferença entre o ar frio que chega e o ar quente que já está no lugar, mais forte é o vento e a chuva gerados. Para exemplificar, Cuiabá registrou na última quarta-feira, a maior temperatura do mundo no dia, 42,6ºC. Ou seja, um impacto brutal.
“O que se deve ter atenção é a força dessa mudança climática. Ter chuva é normal. Ter tempestade o tempo todo não. Mas esse é um evento que precisa ser estudado melhor. Agora é importante dizer que essas condições de calor entrando em choque com a umidade, geram nuvens com grandes extensões, criando temporais”, destacou o climatologista.
Em Sinop, na última terça-feira à noite, foi marcada por um forte vendaval com uma imensa ‘nuvem de poeira’ em praticamente toda a cidade. Choveu fraco em uma parte da cidade. Alguns minutos já foram suficientes para causar estragos e queda de energia em alguns locais, como centro da cidade (por mais de meia hora), e oscilação em diversos bairros.
Em Juína (quilômetros de Cuiabá), conforme Só Notícias já informou, temporal destelhou um barracão de uma empresa e causou destruição no município. A chuva demorou menos de uma hora, mas provocou o destelhamento de diversas casas.
