quarta-feira, 11/dezembro/2024
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Sinop: presos envolvidos em rebelião serão transferidos; 25 feridos, 5 mortos e 18 celas danificadas

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O diretor executivo do Conselho da Comunidade, José Magalhães Pinheiro, e o representante da comissão de Direitos Humanos da OAB, Denovan Isidoro, disseram, agora há pouco, em entrevista coletiva, que a rebelião dos detentos, que durou mais de 30 horas e acabou esta manhã, seria um “pano de fundo” para brigas entre facções criminosas. E que os detentos reivindicavam a saída de alguns servidores, visitas íntimas e uma geladeira em cada cela. Além das cinco mortes, eles confirmaram que pelo menos 25 reeducandos ficaram feridos. Não foi informado se algum está em estado grave.

“Quantos se tenta fazer uma barganha com presos há uma demora e foi o que aconteceu. Eles entregaram os reféns e se renderam. Não houve necessidade de disparos de arma de fogo (por parte de policiais). Os detentos que a administração tiver conhecimento que se rebelaram serão removidos para outros presídios. Quando acontece brigas entre facções naturalmente esse é o procedimento a ser tomado”, disse o gerente. Ainda não foi confirmado quantos presos devem ser recambiados para outros presídios, disse Pinheiro.

Ele apontou ainda que os rebelados danificaram 18 celas e parte da estrutura hidráulica e elétrica do raio onde houve a rebelião. Não foi estimado tempo para os reparos serem feitos, nem custos.

O advogado Denovan de Lima, também integrante do comitê de crise, representando a OAB, explicou que “se analisarmos que em uma cela tem mais de 20 presos, não há possibilidade de colocarmos mais nenhum. Diante disso a administração vai transferir vários detentos".

O presídio tem mais de 800 reeducandos. Essa foi uma das mais violentas rebeliões desde que a unidade entrou em funcionamento.  Conforme Só Notícias já informou, dos cinco mortos dois foram decapitados, dois baleados e um infartou. Duas armas foram entregues pelos rebelados ( um revólver e outra arma artesanal). Os presos mortos não fariam parte de facção criminosa. A secretaria de Justiça informou que os mortos estavam presos por acusação de tráfico de drogas, latrocínio, roubo e crime sexual.

Desde que a rebelião começou (nesta 3ª feira pela manhã), a segurança foi reforçada dentro da penitenciária e também no perímetro externo, com policiais da Força Tática de Sinop, da Polícia Civil, Batalhão de Operações Especiais (Bope), Ronda Ostensiva Tático Móvel (Rotam), Grupo Armado de Resposta Rápida (Garra), Serviço de Operações Penitenciárias Especializadas (SOE) e bombeiros. Ontem, no final da tarde, cerca de 12 horas após a rebelião, os presos envolvidos foram isolados em um raio do presídio e as negociações foram suspensas, sendo retomadas, esta manhã. Os secretários Airton Siqueira (Justiça) e Jarbas Rogers (Segurança) estiveram em Sinop acompanhando as negociações para encerrar o motim.

 

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