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Representante Funai diz que índios querem terra que consideram “herança”

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Depois de participar de reunião com delegados da Polícia Federal, representantes das Polícias Militar e Civil e do Ministério Público, o administrador da Funai em Colíder, índio Megaron Txucarramae, disse que a sua vinda à região não deverá pôr fim ao impasse. Em entrevista à imprensa, ele declarou que deverá ouvir os índios e tentar entender o que está motivando o clima de animosidade que levou o grupo a agredir o empresário e piloto Ari Carneiro, no último domingo.

“Vamos ouvi-los, fazer relatório e mandar pra Brasília, porque Brasília é que resolve, nós resolve problema local”, enfatizou, deixando claro que pendências como demarcação e propriedade de terras ficam sob responsabilidade da Funai em Brasília. “Nós viemos resolver esse problema (liberar funcionários da pousada Jurumé)”.

A primeira ação efetiva de Megaron foi enviar comunicado aos índios determinando a liberação da pista da fazenda de Ari Carneiro. Através dela é que os funcionários serão recolhidos.

O administrador comentou que há vários meses vem acompanhando o desenrolar desse episódio, que acabou forçando uma ação localizada. No ano passado, quando houve o primeiro confronto, Megaron apenas fez a determinação através de rádio amador, não sendo necessária sua presença no local.

Na avaliação de Txucarramae, os Apiaká não querem deixar a região, tendo como prerrogativa a premissa de que as terras pertenceram no passado ao seu povo e a querem como herança. O administrador lembra que o grupo vem sendo massacrado através dos anos, primeiro por seringueiros, depois por diversos grupos de pessoas. Um massacre de índios da etnia ficou marcado na memória dos indígenas, que ainda sofrem por não terem a propriedade das terras dos antepassados.

“É terra tradicional deles, Apiakás. Agora eles estão ocupando reserva dos Kayabi, no Rio Teles Pires, e outro grupo está lá no Rio dos Peixes, reduto Kayabi também. Eles querem território deles, tradicional deles. Por isso que estão reivindicando isso”, enfatizou Megaron.

O administrador da Funai disse que não veio antes à região porque havia seguido até Cuiabá para audiência com o superintendente da Polícia Federal, para tratar desse conflito. Desde o registro do episódio ele vem acompanhando a situação.

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