sexta-feira, 3/maio/2024
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Queimadas em reservas indígenas no Estado preocupam a Defesa Civil

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O aumento no número de focos de calor nas reservas indígenas localizadas em Mato Grosso motivou a superintendência de Defesa Civil, órgão ligado à secretaria de Estado de Meio Ambiente (Sema), a notificar a Fundação Nacional do Índio (Funai), para que a instituição federal faça um trabalho de conscientização junto aos índios no sentido de evitar as queimadas neste período do ano, em que o uso do fogo está proibido.

Em oficio enviado ao diretor da Funai no Estado, o superintendente da Defesa Civil, coronel Arilton Azevedo, coloca a estrutura do Estado à disposição do órgão federal para combater os incêndios registrados nas reservas indígenas. “Poderemos fazer a capacitação dos índios para que eles ajudem a apagar incêndios florestais e ainda usarmos carros de combate a incêndios, caso seja necessário. O importante, no entanto, é que eles aprendam técnicas alternativas para evitar o uso do fogo”, disse o coronel.

Segundo Arilton Azevedo, os índios usam o fogo dentro das reservas para a caça de animais. “Os animais são cercados pelo fogo e ficam acuados. Na hora da fuga, são capturados pelos índios, que se posicionam em locais estratégicos”, explica. O problema, de acordo com o coronel, é que o fogo usado para a caça foge do controle e destrói áreas imensas da reserva.

Em 2005, os satélites do Inpe registraram 294 focos de calor nas reservas indígenas em Mato Grosso – a maioria de grande proporção – durante o período de proibição das queimadas. Este ano já foram identificados 157 focos, que representam 8% do total de queimadas registradas no Estado até agora. Em 2005, os focos de calor em reservas indígenas corresponderam a 5,28% do total de queimadas registradas em Mato Grosso durante o período de proibição. No Estado, há 28 reservas indígenas. Com 45 focos, a reserva indígena do Xingu lidera o ranking de queimadas em terras indígenas.

A preocupação da Defesa Civil se justifica pela baixa umidade relativa do ar, fator que favorece as queimadas. “Entre os dias 7 e 13 de agosto enfrentaremos o período mais seco do ano. A umidade do ar deve variar entre 16% e 20%. Diante dessa situação critica, evitar as queimadas é mais do que uma obrigação – e a população de uma forma geral precisa ter consciência disso”, argumentou Arilton Azevedo.

Umidade relativa do ar

Em razão da baixa umidade relativa do ar, a Defesa Civil enviou oficio à secretaria de Estado de Esporte e Lazer (SEEL) recomendando a não realização de campeonatos enquanto a umidade estiver abaixo de 40%. A única exceção são as provas de natação. A Defesa Civil também manteve reuniões com representantes das secretarias de Educação (SEDUC) e Saúde (SES) para a adoção de medidas que possam evitar problemas de saúde na população.

O superintendente da Defesa Civil diz que fará um acompanhamento sobre o número de atendimentos nos postos de saúde, policlínicas e pronto socorro. Se os casos envolvendo doenças respiratórias aumentarem, medidas deverão ser tomadas.
“Esse acompanhamento será feito pela Secretaria de Saúde. A secretaria de Educação também fará o monitoramento nas escolas. Se houver casos de sangramento nasal ou desconforto em alunos, as aulas poderão ser suspensas no período mais critico do dia. Mas tudo vai depender do acompanhamento que estamos fazendo”, finalizou Arilton Azevedo.

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