O projeto de inclusão escolar proposto pelo Governo de Mato Grosso está colocando em risco o funcionamento de uma das instituições mais tradicionais do movimento social: a Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (Apae). Mais que isso. O trabalho que é desenvolvido por décadas pode acabar sofrendo graves prejuízos. “Os professores das escolas regulares não estão capacitados para atender os alunos portadores de necessidades especiais”, disse o presidente da APAE de Alta Floresta, Dirceu Kinast.
Na semana passada, mais de 200 pessoas estiveram realizando uma passeata nas principais avenidas de Alta Floresta. O objetivo foi protestar contra a possibilidade de fechamento das Apaes. “É um grande prejuízo para os mais de cem alunos se não houver a ajuda para a continuidade da escola” – disse. Estiveram reunidos na passeata que percorreu parte do centro da cidade, alunos, pais, professores e diretores da Escola de Educação Especial Alice Augusta de Oliveira. O protesto foi feito em todo país e a reclamação é quanto a forma de inclusão que está sendo feita pelo poder público.
A passeata terminou em frente a prefeitura municipal. A prefeita Maria Izaura Dias Alfonso recebeu os manifestantes e disse que estará tentando auxiliar no que for possível ao município. “Nós já mandamos um projeto para a Câmara Municipal para a realização de um convênio para auxiliar nas despesas da escola”, garantiu a prefeita. O valor do projeto para o convênio, segundo Maria Izaura, é de R$ 1 mil