terça-feira, 23/abril/2024
PUBLICIDADE

Papa morre na véspera da Divina Misericórdia

PUBLICIDADE

O papa João Paulo II morreu na véspera da festividade da Divina Misericórdia, instituída por ele mesmo para honrar o culto impulsionado por Santa Faustina Kowalska, uma freira da qual o Pontífice se considerava discípulo e que é conhecida como a Santa Teresa de Jesús polonesa.

Os rituais que envolvem a morte do Papa
Durante sua última viagem à Cracóvia (Polônia), em 17 de agosto de 2002, ele disse que o mundo atual precisa mais do que nunca da misericórdia de Deus para acabar com as injustiças, o ódio e a sede de vingança, e para conseguir a paz.

O papa morto fez essas declarações durante a consagração do novo santuário da Misericórdia Divina de Lagiewniki, nos arredores da Cracóvia.

O santuário foi erguido junto ao convento onde viveu santa Faustina Kowalska, uma religiosa que estimulou o culto à Misericórdia Divina.

Quando era seminarista clandestino e trabalhava na fábrica de soda cáustica “Solvay”, próxima a este convento, Karol Wojtyla parava ali para rezar depois de saber das visões da mística Kowalska.

A Misericórdia Divina foi um dos temas-chave de seu pontificado.

Prova do fato é que sua segunda encíclica “Dives in Misericordia”, de 1980, está inspirada nas revelações de Kowalska, nascida em 1905 e falecida em 1938.

A freira pertenceu à congregação das irmãs da Beata Virgem María de la Misericordia, que viviam no convento de Lagiewniki, construído no final do século XIX e em que se ensinava as moças a bordar, tecer, cuidar de jardins e agricultura.

Até a Segunda Guerra Mundial o convento era quase desconhecido, mas depois das experiências místicas de Faustina começou a ser visitado por milhares de pessoas, entre elas o futuro papa.

A religiosa escreveu um diário em que descreveu suas visões e conversas com Jesus, textos significativos, levando-se em conta que mal sabia ler e escrever.

Em 1931 enquanto estava em sua cela, Faustina teve uma visão de Jesus vestido de branco, que apareceu com uma mão levantada para abençoar enquanto de seu peito saíam dois grandes raios, um vermelho e o outro branco.

Segundo seu testemunho, Jesus pediu que um quadro em que essa imagem fosse representada e que o primeiro domingo depois da Páscoa devia ser a festa da Misericórdia, como estabeleceu João Paulo II no dia em que canonizou a freira.

No Evangelho de São João está escrito que do coração de Cristo saíam sangue e água, e na visão de Faustina, segundo os estudos realizados sobre suas visões, aparecem esses dois elementos: o raio vermelho significa o sangue e o branco a água.

A freira, que sofreu muitas humilhações por revelar suas visões, morreu aos 33 anos de tuberculose.

O pedido de beatificação foi promovido pelo então bispo auxiliar da Cracóvia Karol Wojtyla, mas o processo foi detido no Vaticano, que considerava os textos das visões como muito “fortes” como para serem publicados.

No final ficou demonstrado que tudo se devia a uma má tradução.

Faustina foi beatificada em 1983 e proclamada santa em 2000 no Vaticano diante de mais de 300.000 pessoas.

COMPARTILHE:

PUBLICIDADE
PUBLICIDADE
PUBLICIDADE
PUBLICIDADE
PUBLICIDADE

Mais notícias
Relacionadas

Carreta pega fogo e carga de algodão é destruída em rodovia de Mato Grosso

O incêndio envolvendo um veículo de carga de modelo...

Morador de Alta Floresta encontra cobra-cipó em cozinha

A cobra-cipó-marrom (chironius quadricarinatus) foi avistada na cozinha de...

Apostadores de Mato Grosso ganham prêmio após acertarem 4 números na Quina

O apostador de Cuiabá acertou, ontem à noite, quatro...
PUBLICIDADE