A região Norte de Mato Grosso continua na liderança de uma estatística nada positiva: o elevado número de trabalhadores mantidos em condições análogas a escravidão. Ontem, mais vinte e um foram libertados. Eles estavam em uma propriedade em Tabaporã (180km de Sinop). A ação foi desencadeada pelo Ministério Público do Trabalho, Ministério Público Estadual, e contou com apoio da Polícia Rodoviária Federal.
Uma moto-serra e uma espingarda calibre 28 foram apreendidos, informa a PRF. A ocorrência ficou a dos delegados que acompanhavam a ação.
Recentemente, em Cuiabá, balanço divulgado durante o terceiro seminário de erradicação do trabalho escravo em Mato Grosso apontou que 393 pessoas haviam sido resgatadas de fazendas em 39 municípios do Estado, a maioria no extremo Norte, como Alta Floresta, Paranaíta, entre outros.
Os chamados “gatos” (aqueles que aliciam os trabalhadores a irem para as fazendas), não foram presos.
A Comissão Pastoral da Terra (CPT) contabilizou que no país, 31.726 pessoas de 1995 até agosto de 2008 foram libertadas. O crime tira a liberdade do trabalhador por meio de retenção de documentos, presença de guardas armados, dívidas impostas ilegalmente ou características geográficas que impedem a fuga.