O Conselho Universitário da Unemat aprovou ontem, em Cáceres, o relatório do segundo congresso da instituição, sacramentando a autonomia e a democratização da entidade.
“Com essa decisão, o Consuni também acolheu o novo estatuto proposto pelo congresso universitário. Portanto, a partir de agora temos uma nova Unemat, fruto da luta de professores, técnicos e estudantes”, assegurou o vice-reitor Elias Januário.
“A decisão do Consuni ratifica as deliberações do congresso e consolida a luta e a organização da comunidade universitária realmente pública, democrática, transparente e participativa”, avaliou Maria Ivonete de Souza, presidente da Adunemat (Associação dos Docentes da Unemat).
O congresso universitário, ocorrido entre 7 e 11 deste mês em Cuiabá, aprovou o fim da reeleição para reitor e demais cargos eletivos, voto paritário entre os três segmentos para eleição referente à reitoria e demais cargos eletivos de gestão, paridade nos conselhos (Universitário e de Ensino, Pesquisa e Extensão).
Também deliberou pela extinção da fundação privada que funciona na Unemat e pela descentralização administrativa, financeira, didático-científica e patrimonial das faculdades e dos campi.
O Consuni também aprovou a criação de uma comissão para fazer adequações técnicas ao texto do estatuto, formada por um pró-reitor, um coordenador de campus, um diretor de instituto, um docente, um discente, um técnico, um assessor jurídico e um controlador.
O resultado do trabalho será entregue na próxima quinzena de abril de 2009, quando o Consuni se reunirá novamente, já com uma nova configuração (paritária), aprovada pelo congresso universitário.
“Propusemos que essa comissão apresentasse as adequações ainda em janeiro de 2009, visto que se tratam apenas de detalhes, mas a maioria dos conselheiros, ligada à atual gestão, se negou a fazer isso. Por isso é preciso ficarmos atentos para que não haja alterações no que já foi definido pelo congresso”, alertou Domingos Sávio, professor do departamento de história do campus de Cáceres.