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Nortão: acusados de matar prefeito são absolvidos

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A justiça da Vara Única da Comarca de Nova Canaã do Norte absolveu, agora há pouco, Wanderlei Teixeira de Almeida, o “Delei”, e Vanildo dos Santos, o “Mãozinha”, de envolvimento no assassinato do prefeito da cidade, Antônio Luiz César de Castro, o “Luizão”. No segundo dia de julgamento, os jurados foram unânimes para a decisão, cujos detalhes ainda devem ser divulgados.  A defesa argumentou falhas no caso, desde o inquérito aberto na delegacia, falta de provas e a possibilidade de outros suspeitos. A família do gestor manifestou revolta e o Ministério Público já sinalizou que vai recorrer.

O crime ocorreu no dia 5 de agosto de 2011, por volta das 21h30, no estabelecimento conhecido como ‘Pista de Laço’, no município. Wanderlei foi acusado de ser o mandante do homicídio, praticado por motivo torpe e sem dar chance de defesa para a vítima. Já Vanildo dos Santos foi acusado de coação de testemunhas e de ter colaborado para a fuga de Wanderlei após o crime.

Luizão foi morto com seis tiros à queima roupa disparados por uma arma calibre ponto 380, quando estava um pouco afastado da multidão, provavelmente de saída do local. Conforme a denúncia do MP, Wanderlei mandou matar Luizão porque este adquiriu, em leilão realizado pela Justiça Federal de Fortaleza (CE), um imóvel comercial denominado “Canaã Choperia”, situado na avenida Brasil, 71, em Nova Canaã do Norte.

De acordo com a acusação, o imóvel comercial supostamente pertencia ao irmão do suspeito, que é apontado pela polícia como um dos “mentores intelectuais” do assalto ao Banco Central, no ano de 2005, em Fortaleza (CE). A justiça considerou que o prédio foi comprado com o dinheiro do assalto e o colocou em leilão. Desde que comprou, o prefeito teria sido ameaçado por Wanderlei.

Em 2010, o prefeito ofereceu representação contra Wanderlei Almeida alegando ter sido ameaçado ao tentar negociar o imóvel, que seria transferido para José Elizeu Gaspar. Diante das ameaças, a negociação não se concluiu.

Conforme Só Notícias já informou, na representação, o prefeito contou à polícia que ficou sabendo, por terceiros, que Wanderlei dizia “não vou entregar o prédio, é matar ou morrer”. Ainda de acordo com a denúncia do MP, Wanderlei contratou uma terceira pessoa para cometer o crime, que ainda não foi identificada. Segundo testemunhas, essa pessoa se aproximou de Antônio César e perguntou se ele era o prefeito Luizão. Ao receber a resposta afirmativa, efetuou os disparos e fugiu do local. Três dias após o crime, Wanderlei saiu de Nova Canaã do Norte com o auxílio de Vanildo dos Santos e foi para Sinop. Fugiu seguiu para Diadema (SP) onde foi preso. 

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