A Vara Única da Justiça Federal em Sinop encaminhou ontem ao Ministério Público Federal, em Cuiabá, o processo do ex-policial rodoviário federal Carlos Roberto Gonçalves, por tentativa de homicídio. Os procuradores da República devem analisar a procedência do encaminhamento – que passou da justiça estadual para federal – se continua na instância, além de outras manifestações. O objetivo, conforme a justiça, é que o MPF tome conhecimento do caso, das fases, dando um parecer jurídico.
Até o final da semana que vem pode retornar para Sinop, quando o juiz Murilo Mendes deve iniciar os despachos.
Nesta semana o juiz da primeira vara criminal da comarca, João Manoel Guerra, despachou o processo para a Justiça Federal, conforme havia decidido. Entre as alegações para a mudança, o magistrado apontou a “incompetência da justiça estadual para o processamento e julgamento dos fatos delituosos atribuídos ao réu”.
Carlos é acusado de ter efetuado mais de dez disparos em uma danceteria, no centro da cidade, em abril do ano. A jovem Adriana Esser foi atingida e perdeu o movimento das pernas. Ela necessita de acompanhamento médico, remédios controlados e faz sessões de fisioterapia mensais. A pistola usada no crime desapareceu.
O acusado permanece no presídio em Santo Antônio do Leverger. Adriana ganhou direito a indenização. Uma da União (Governo Federal) de R$ 1,5 mil/mês. A danceteria foi condenada, inicialmente, a pagar R$ 1,5 mil mas o Tribunal de Justiça concedeu efeito suspensivo.