Não é apenas em Mato Grosso que o Movimento Sem Terra (MST) está mobilizado. Dados divulgados pelo próprio grupo – por meio do site oficial – apontam que já foram realizados protestos em outros 16 Estados e em Brasília, em busca da reforma agrária e, também, da punição dos responsáveis pelas mortes de 21 trabalhadores rurais ocorridas no massacre de Eldorado dos Carajás, no Pará, em 1996, durante operação da Polícia Militar.
Segundo o grupo, já foram feitas 38 ocupações de terra, nove ocupações de sedes do Incra, cinco protestos em prédios públicos, além de bloqueios em estradas e a criação de acampamentos nas cidades (estes últimos ocorrem em Mato Grosso)
Conforme Só Notícias informou, hoje é o segundo dia de bloqueio na BR-163, a cerca de 5 km de Sorriso. Os manifestantes cobram a liberação de documentos para famílias que foram assentadas em três áreas (Sorriso, Claudia e União do Sul) e por mais financiamentos. Ainda não há previsão de que horas o tráfego será liberado.
Outra mobilização é na praça Ulisses Guimarães, em Cuiabá. Desde sábado, cerca de 200 manifestantes estão acampados no local, para a semana de luta pela reforma agrária. Ontem, eles fecharam a entrada da Receita Federal para protestar. Hoje, está previsto outro movimento, por volta das 16h, no Tribunal de Justiça.
De acordo com a publicação de hoje feita no site do jornal Estado de São Paulo, o MST pediu audiência com a presidente Dilma Rousseff, no entanto, foi informado pelo ministro-chefe da Secretaria-Geral da Presidência da República, Gilberto Carvalho, que não haverá diálogo enquanto os prédios públicos e sedes do Incra permanecerem ocupados.