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Médico que matou namorada grávida em MT consegue remissão de pena após aprovação no Enem

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Redação Só Notícias (foto: assessoria)

O médico Fernando Veríssimo de Carvalho, condenado a 41 anos e oito meses de reclusão por matar Beatriz Nuala Soares Milano, 27 anos (foto), conseguiu remissão de parte de sua pena. A decisão de primeira instância foi mantida pelo Tribunal de Justiça, após recurso do Ministério Público do Estado (MPE).

A vítima, que estava grávida de quatro meses, foi morta com requintes de crueldade, em novembro de 2018. O crime ocorreu no bairro Vila Aurora, em Rondonópolis (212 quilômetros de Cuiabá).

Fernando entrou com pedido de remissão de pena após ser aprovado no Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM). Em primeira instância, foi decidido que ele teria direito a 100 dias de remissão pela aprovação. O Ministério Público recorreu, mas o Tribunal de Justiça decidiu manter a decisão.

Além da remissão pelo Enem, exame prestado em 2021, o médico também conseguiu diminuir outros 32 dias de pena por ter iniciado o curso de Psicologia na Universidade Federal de Rondonópolis (UFR), no ano passado. Ele segue na cadeia pública da Mata Grande, após ter sido condenado pelo homicídio quadruplamente qualificado de sua companheira.

Conforme a denúncia do Ministério Público Estadual, Fernando matou Beatriz com golpes na cabeça. O médico e a vítima eram conviventes e haviam se conhecido no Estado de São Paulo, onde residiam, dez meses antes. O relacionamento era conturbado e, quando Beatriz descobriu a gravidez, Fernando não se interessou pela gestação e chegou a questionar a paternidade.

Segundo apurando nas investigações, o réu se mostrava ciumento e de temperamento explosivo. No dia do crime, em que comemoravam dez meses de relacionamento, Fernando levou Beatriz para jantar e a pediu em casamento. Após retornarem do encontro romântico, o casal teria se desentendido quanto à compra de um carrinho de bebê pela internet, quando ele a matou. O médico arrumou o corpo da vítima, grávida de quatro meses, na cama do casal e comunicou o falecimento à família e à polícia na manhã seguinte, fingindo ser morte natural.

O julgamento dele durou mais de 14 horas. Além do homicídio, Fernando também foi sentenciado pelo crime de aborto sem o consentimento da gestante.

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