A primeira vara criminal de Sinop marcou para dia 21 de novembro, às 08h30, o júri popular do principal suspeito de assassinar Rosilene da Silva Bachiega, 38 anos, em outubro de 2011, em uma residência, no Jardim Maringá. A vítima foi atingida por oito facadas e morreu no local. Ele responderá pelo crime cometido por motivo torpe e mediante recurso que dificultou a defesa da vítima.
Consta na denúncia do Ministério Público, que a filha do casal afirmou que os pais haviam se desentendido e a vítima lhe contou que tinha sido ameaçada de morte pelo acusado, tendo inclusive lhe mostrado uma escoriação no pescoço. Informou também que teve conhecimento que sua mãe manteve relacionamento extraconjugal com outras pessoas, bem como seu pai sabia disso. No entanto, não soube informar se esse fato motivou o acusado a praticar o crime. Confirmou que seu pai estava sendo submetido a tratamento psiquiátrico, pois estava com insônia, apresentava comportamentos infantis.
O réu contou durante depoimento que foi casado com Rosilene por 22 anos e, no dia do crime, ela estava morando em outra residência. Segundo ele, a mulher queria o divórcio, situação que o deixou “muito abalado, pois não conseguia entender a razão”. O homem detalhou também que foi até a casa de uma amiga de Rosilene, onde a esposa acabou confessando relacionamentos extraconjugais.
De acordo com a versão contada pelo fazendeiro, a partir da “confissão”, os “ânimos foram se alterando” e a vítima pegou uma faca e o atacou. O réu afirmou que Rosilene desferiu um golpe de faca em seu abdômen, e outros mais, porém, não se lembra quantos “golpes” deu nela.
Consta no processo que ele está aguardando o julgamento em liberdade. O corpo de Rosilene foi sepultado em Colíder. Ela era engenheira agrônoma.