Será submetida a júri popular, no dia 27 de agosto, uma mulher de 45 anos, acusada de envolvimento no assassinato de Cleide Vanda Félix dos Santos, 40 anos, que ocorreu em junho de 2017. Ela ficou desaparecida por 18 dias. O corpo foi encontrado em um matagal. Também responde pelo crime o ex-marido de Cleide, um caminhoneiro de 46 anos.
No ano passado, a justiça decidiu que o casal deveria ir a julgamento por homicídio qualificado, cometido por motivo fútil, meio cruel, mediante recurso que dificultou a defesa da vítima e contra mulher em razão de gênero. Os dois também foram pronunciados por ocultação de cadáver.
A defesa do homem recorreu, enquanto que a da mulher aceitou a sentença de pronúncia. Por este motivo, a justiça decidiu desmembrar a ação penal em duas, para evitar o prolongamento desnecessário da prisão provisória da acusada. Apenas ela irá a júri em agosto. A data de julgamento do caminhoneiro ainda não foi marcada. A defesa do suspeito recorreu pedindo absolvição sumária do crime de ocultação de cadáver e exclusão das qualificadoras. O recurso foi negado pelo Tribunal de Justiça, que manteve a decisão para que o réu seja submetido a julgamento nos mesmos termos da sentença de pronúncia.
Conforme Só Notícias já informou, o delegado de Polícia Civil Daniel Nery confirmou, na época, que o assassinato de teve motivação passional e com tráfico de drogas. Segundo esta versão, a vítima mantinha relacionamento com o principal suspeito do homicídio. “Ela contraiu dívida de drogas e prometeu aos traficantes que honraria com os bens da casa. Ele se separou e levou estes bens embora. Então, ficou esse impasse de bens e a dívida com os traficantes. Ele passou a receber ameaça dos traficantes para honrar com essas dívidas. Na cabeça dele, matando a Cleide, quitaria essa dívida”, afirmou, na ocasião.
A polícia descobriu que o principal suspeito dominou Cleide, a colocou no carro e a levou a cerca de 10 km da cidade onde ela foi morta. O delegado informou ainda que a esposa do assassino “estava junto e ele mesmo relata que ela, apesar de não ter descido do veículo, queria ver a vítima morrendo”. A versão do casal é que ao ser dominada, ela gritou por socorro e eles disseram que iriam conversar. Daniel Nery apontou ainda que o crime foi com requintes de crueldade (Cleide levou golpes de facão no abdômen). “Ele é tão frio que não demonstra arrependimento e fez o que tinha que ser feito”. “A ajuda dela (esposa) foi intensa “, afirmou.
Cleide foi sepultada em Lucas.