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Justiça define data para julgar acusados de matar líder de assentamento no Nortão

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Só Notícias/Herbert de Souza (foto: assessoria/arquivo)

A Justiça de Cláudia definiu o dia 27 de outubro para julgar uma mulher e um homem acusados de envolvimento no homicídio do assentado Cleirto Alves Braga, 49 anos, morto a facadas, em abril de 2019. O corpo da vítima foi encontrado enrolado em um lençol, às margens da MT-423, cerca de 15 quilômetros de União do Sul (173 quilômetros de Sinop).

A dupla irá a júri por homicídio qualificado, cometido mediante recurso que dificultou a defesa da vítima e por motivo fútil. A denúncia aponta que os réus “decidiram matar a vítima com o intuito de tirá-la do triângulo amoroso, bem como a fim de cessar com supostas chantagens que Cleirto fazia com a relação à denunciada”.

A mulher e o outro acusado também responderão em júri por fraude processual e ocultação de cadáver. O julgamento será na câmara de vereadores. A dupla segue presa.

Em abril, a defesa já havia entrado com pedido de revogação da prisão preventiva do acusado, alegando que o suspeito estava “exposto à situação de risco e à proliferação do vírus (Covid-19)”, sendo “cabível sua soltura”, conforme determinação do Conselho Nacional de Justiça. Posteriormente, a doença foi novamente citada como motivo para colocar o acusado em liberdade. A alegação é de que o presídio onde o réu está preso teve casos de coronavírus.

Assim como no pedido anterior, o Ministério Público se manifestou contra a soltura “por entender que os requisitos da prisão se mantiveram inalterados”. A Justiça de Cláudia concordou com o entendimento e manteve o réu na cadeia.

No final do ano passado, a Justiça já havia negado o pedido de conversão da prisão preventiva em domiciliar da mulher de 29 anos, também acusada de envolvimento no crime. Na ocasião, a defesa justificou que a suspeita tem dois filhos menores de 12 anos e ainda possui doença grave “causadora de extrema debilidade”. Para a Justiça, no entanto, a acusada tem acompanhamento médico na cadeia, mas se apoiou na doença para conseguir a soltura.

Conforme Só Notícias já informou, um cabo da Polícia Militar detalhou que “a vítima foi assassinada na casa onde morava em um assentamento rural. Depois, foi levada pelos suspeitos para o local onde foi encontrada. O que se sabe é que a mulher já teve um caso com a vítima e que é namorada do suspeito. Eles confessaram o crime”, apontou o militar, na época da prisão.

O rapaz foi transferido para o presídio Osvaldo Florentino Leite, o “Ferrugem”, em Sinop. Já a mulher continua presa na cadeia feminina de Colíder. O corpo da vítima foi velado na capela em União do Sul e sepultado no município. Conhecido como “Mineirinho”, Cleirto era líder do assentamento Nova Conquista.

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