PUBLICIDADE

Juiz nega trancamento de inquérito de frei flagrado em motel com menor

PUBLICIDADE

O pedido de trancamento do inquérito policial que investigou o frei Erivan Messias da Silva, acusado de estupro contra uma adolescente de 16 anos, foi recusado pela Justiça, que entendeu a perda do objeto, uma vez que o procedimento instaurado pela Polícia Civil foi concluído dentro do prazo estabelecido por lei. O religioso foi preso em flagrante quando saía de um motel em Várzea Grande no dia 31 de janeiro deste ano e agora poderá ser denunciado pelo Ministério Público.

O juiz Jorge Luiz Tadeu Rodrigues explica que após o término do inquérito encerra a responsabilidade da Polícia, de modo que não existe constrangimento ilegal contra o acusado, conforme defendeu o advogado Anderson Nunes Figueiredo. "Com base nessas razões, julgo prejudicado o presente habeas corpus, tendo em vista a perda de seu objeto".

No pedido feito à Justiça, a defesa alegou que o frei era coagido pela Polícia ao ser acusado de estupro de vulnerável contra a adolescente. Figueiredo argumenta que o crime é cabível somente quando a vítima tem menos de 14 anos.

Para a delegada Juliana Chiquito Palhares, da Delegacia Especializada de Defesa dos Direitos da Mulher de Várzea Grande, as investigações mostraram que embora a vítima fosse maior de 14 anos, foi constada sua vulnerabilidade. A delegada pontua que a vítima não oferecia resistência às investidas do frei diante de sua fragilidade emocional. A adolescente não tem contato com a figura paterna, que era projetada em Erivan. O frei era orientador espiritual da jovem, que depositava nele confiança, em uma situação que se assemelhava a uma relação de pai e filha. Juliana informou ainda à Justiça que o relatório de atendimento psicológico constata a vulnerabilidade da vítima.

Entenda o caso – O frei foi indiciado no início de fevereiro crime de estupro de vulnerável. Ele era pároco da Paróquia Nossa Senhora da Guadalupe e celebrava missas na Igreja Mãe dos Homens, que vítima frequentava. As investigações do relacionamento iniciaram após uma denúncia. A princípio acreditava-se que os 2 mantinham um envolvimento normal entre religioso e participante da igreja, mas durante as investigações o carro da Paróquia foi visto algumas vezes em um motel e constatou-se que o envolvimento amoroso.

PUBLICIDADE
PUBLICIDADE
PUBLICIDADE
PUBLICIDADE
PUBLICIDADE

Mais notícias
Relacionadas

PUBLICIDADE