O juiz Julier Sebastião da Silva, que expediu os mandados de prisão para os acusados de envolvimento em casos de corrupção por falsificação de guias do Ibama e fema para extração de madeira em Mato Grosso, disse hoje, que autorizou as prisões, requeridas pelo Ministério Público, para que a Polícia Federal possa avançar nas investigações. Foram feitas muitas gravações de conversas entre ex e atuais servidores do Ibama com madeireiros, despachantes que intermediavam o esquema, dentre outros acusados.
O juiz explicou que a prisão temporária dos acusados, de 5 dias, “é voltada para o inquérito policial, que é o recolhimento de provas para subsidiar o Ministério Público e a própria Justiça”. Com vários envolvidos foram apreendidos computadores, agendas e papéis. Em Sinop até ATPFs preenchidas em nome de empresas foram apreendidas, segundo o delegado da Polícia Federal, Cleiton Xavier
O juiz deixou claro que algumas das pessoas que tiveram prisões decretadas não são consideradas culpadas e que estão sendo investigadas. Algumas nem sequer foram denunciadas pelo Ministério Público. Para outras, segundo o magistrado, ha indícios de envolvimento com as quadrilhas.
Foram decretadas 127 prisões em Mato Grosso. 18 foram presos em Sinop, ontem, dentre eles o superintendente estadual do Ibama, Hugo Werle, que foi exonerado ontem mesmo e alegou, à tarde, que sua prisão é um “equívoco” pois suas declarações de renda foram prestadas.
No site da Polícia Federal constam acusações de delitos cometidos por servidores do Ibama e ex-servidores, além de madeireiros e despachantes. Na última informaçao disponbilizada, não consta uma acusação, por exemplo, contra a chefe do Ibama de Sinop, Ana Riva, que também foi presa ontem.