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Greve em MT tem adesão de 99% dos caminhoneiros, diz sindicato

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A paralisação dos motoristas transportadores de cargas em Mato Grosso teve 99% de adesão, estima o Sindicato dos Motoristas de Carga. Com isso, a movimentação nos pátios de descarregamento da América Latina Logística (ALL), empresa que administra a ferrovia em Mato Grosso, ficou até 95% menor do que o normal. O presidente do Sindicato, Luiz Gonçalves, diz que no terminal de Alto Taquari nenhum caminhão descarregou e em Alto Araguaia a estimativa é de que apenas 30 carretas tenham entrado no pátio, 5% da capacidade.

O movimento teve início nesta segunda-feira (16) em protesto às condições do pátio da ALL que, segundo os motoristas, chegam a ser desumanas. A principal reivindicação dos trabalhadores é o asfaltamento completo da área de espera dos caminhões.

Na sexta-feira (13), a ALL encaminhou uma contraproposta que foi rejeitada pelos sindicalizados. Para Luiz Gonçalves, presidente do Sindicato, não adianta asfaltar parte do espaço, como propôs a ALL, seria preciso o asfaltamento completo para eliminar a poeira em período de seca e o barro em época de chuva.

A ALL, por meio da assessoria de imprensa, informou que durante todo o dia o carregamento dos vagões foi normal em virtude dos estoques que haviam na empresa e que somente depois de 24 horas de movimento poderiam saber se houve ou não prejuízos devido à paralisação.

O presidente do Sindicato confirma que hoje haverá uma nova rodada de discussões entre a ALL e os motoristas a partir das 8h em Alto Araguaia. A ALL confirmou a presença da gerente de negociações sindicais, Mônica Lima.

Além do asfalto, os motoristas exigem um tempo de espera menor, alegando que os motoristas chegam a ficar até 48h parados esperando para poder descarregar. Além disso, cobram a construção de mais banheiros.

A ferrovia é utilizada como principal rota de escoamento da produção de grãos para que as mercadorias cheguem até os portos de Santos (SP) e Paranaguá (PR), de onde partem para outros países. Por dia, cerca de 600 caminhões deixam os produtos nos terminais da ferrovia.

 

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