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Escândalo do dossiê em MT derruba cúpula da campanha de Lula

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A crise deflagrada pela compra de um dossiê contra o candidato ao governo de São Paulo pelo PSDB, José Serra, derrubou Ricardo Berzoini da coordenação geral da campanha à reeleição do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Ele será substituído por Marco Aurélio Garcia, assessor especial da Presidência.
A saída de Berzoini foi anunciada na noite desta quarta-feira, após o petista ser chamado para uma reunião de emergência com o presidente Lula no Palácio do Planalto. Ele foi o quinto de uma série de petistas –ligados ao governo ou à campanha do partido– a cair por causa do escândalo.

A situação de Berzoini no PT e na campanha de Lula começou a ficar complicada após seu nome ser envolvido pela “Época” no episódio da compra do dossiê contra políticos tucanos.

Em nota, a “Época” divulgou ontem que foi procurada por Oswaldo Bargas, ex-secretário de Berzoini, que queria saber se haveria interesse da revista em publicar um material contra políticos adversários.

Berzoini confirmou ontem que ficou sabendo que Bargas procurou jornalistas da revista “Época” para “tratar de uma pauta de interesse jornalístico”. Berzoini negou, no entanto, que tivesse conhecimento da pauta tratada.

Hoje de manhã, Berzoini chegou a dizer que ficaria no cargo apesar de ter colocado o posto de coordenador de campanha à disposição de Lula. “A coordenação da campanha é prerrogativa do presidente Lula. O presidente não colocou para mim essa possibilidade. Estou a disposição dele”, disse.

Setores do PT, entretanto, começaram a pressionar Berzoini a deixar o cargo para preservar a campanha de Lula. O ministro Tarso Genro (Relações Institucionais), por exemplo, chegou a dizer que a decisão de manter Berzoini à frente da campanha seria do PT.

“Enquanto candidato, o presidente quer uma apuração rigorosa envolva quem envolver. Não interessa se é o presidente do PT, se está ou não participando da coordenação ou se teve posto no governo. Se o Berzoini vai continuar ou não, isso diz respeito a uma atitude do partido”, afirmou o ministro. “Não é uma posição que o presidente vai assumir”, acrescentou o ministro.

Pimentel

O prefeito de Belo Horizonte, Fernando Pimentel, foi sondado para o cargo. Ele recusou o posto, pois isso traria complicações para a campanha de Belo Horizonte, já que seu vice Ronaldo Vasconcelos (PV) não poderia assumir seu lugar, pois está em campanha para o Senado. E o presidente da Câmara, Silvinho Resende (PTN), que assumiria a prefeitura, não é seu aliado.

Pimentel disse que não seria prudente assumir a coordenação da campanha do PT em meio à crise do dossiê.

Marco Aurélio, por sua vez, não disputa nenhum cargo eletivo e não corre o risco de se desgastar neste momento de crise.

São Paulo

Em São Paulo, o candidato do PT ao governo paulista, Aloizio Mercadante, anunciou hoje que afastou seu coordenador de comunicação, Hamilton Lacerda, por envolvimento no escândalo que tentou vincular políticos tucanos à máfia dos sanguessugas.

Mercadante disse que há indícios de que Lacerda tenha articulado com a revista “Istoé” a publicação de reportagem contra o candidato ao governo paulista pelo PSDB, José Serra.

“Eu vou aguardar o pronunciamento dele [Lacerda], mas é evidente que está configurada a participação”, disse Mercadante, ao confirmar que seu assessor foi afastado da campanha.

“Para mim, a questão básica é a seguinte: qualquer que tenha sido o nível de participação, sem a minha autorização, sem o meu conhecimento, sabendo que eu sou contra, era contra e serei contra, é uma quebra de confiança que eu não posso aceitar”, disse ele.

Mercadante confirmou que tomou a decisão com a direção de sua campanha, incluindo o coordenador geral Paulo Frateschi, que também é presidente do PT paulista.

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