O Sindicato dos Profissionais de Enfermagem de Mato Grosso (Sinpen-MT) convocou para a próxima segunda-feira (26) um ato público de greve. Também está marcada, para o mesmo dia, uma assembleia geral extraordinária, que irá decidir pela data de início e prazo de duração da paralisação das atividades dos enfermeiros que trabalham no Hospital Regional. A reivindicação da categoria, conforme consta no documento de convocação, é contra os “inúmeros descumprimentos da legislação trabalhista e convenção coletiva de trabalho, em especial, salários atrasados, cestas básicas, vale alimentação e auxilio transporte”. Durante a assembleia, o sindicato pretende apresentar aos trabalhadores os “informes sobre a inexitosa tentativa de conciliação”. Na ocasião, os enfermeiros irão apreciar e decidir sobre a deflagração de movimento grevista.
Este mês, a greve dos profissionais da enfermagem foi adiada. Uma fonte de Só Notícias disse que houve reuniões dos funcionários e diretores da unidade e foi apontada liberação de um salário. Com isso, a categoria aceitou e decidiu manter os trabalhos. O atraso seria de dois meses. Segundo o presidente do Sindicato dos Profissionais de Enfermagem do Estado do Mato Grosso (Sinpen-MT), Dejamir Souza Soares, a unidade tem 500 trabalhadores e a folha salarial é de R$700 mil.
Conforme Só Notícias já informou, há poucos dias, o juiz da 6ª Vara Cível, Mirko Vicenzo Giannotte, negou o pedido do Ministério Público Estadual para bloquear R$ 5,2 milhões do Instituto Gerir, responsável pela administração do Hospital Regional. O objetivo, segundo o promotor Pompílio Paulo Azevedo Silva Neto, que ingressou com a ação, era garantir os salários dos funcionários, além de insumos para funcionamento da unidade.
Para o magistrado, no entanto, o pedido se mostrou “impertinente”, em razão da falta de repasses por parte da Secretaria Estadual de Saúde. Mirko apontou que o contrato tem vigência até o final deste mês e que o último pagamento feito pelo governo estadual foi referente ao mês de agosto. “Ou seja, os pagamentos encontram-se em atraso, impossibilitando, assim, que as empresas administradoras adequem seus débitos referentes ao hospital”.