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Empresário preso por cartelização divulga nota contestando acusações

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O proprietário da rede de postos América, Nilson Teixeira, ex-gerente das factorings de João Arcanjo Ribeiro, preso durante a operação Madona, do Grupo de Atuação de Repressão ao Crime Organizado (Gaeco), divulgou nota contestando as acusações. Ele foi apontado por possível envolvimento na cartelização dos combustíveis em Cuiabá e Várzea Grande.

Nota na íntegra:

“Eu, Nilson Roberto Teixeira, preso no último dia 23, pela operação encabeçada pelo Gaeco, denominada Madona, venho a publico esclarecer:

01) que desde 1993 já era proprietário de posto de revenda de combustível, ou seja, antes mesmo de me tornar gerente da factoring de João Arcanjo Ribeiro, fato este iniciado entre 94 e 95;
02) que iniciei minha carreira em bancos desta Capital em 79, trabalhei em 03 bancos diferentes, apenas mudando de banco para banco quando recebia propostas mais vantajosas e, que desde 1986 tornei-me gerente geral de agência, cargo este que só abandonei para trabalhar em factoring e ganhar quatro vezes ou mais em relação ao que ganhava em agência bancária;
03) que desde dezembro de 2002, quando ocorreu a operação Arca de Noé, passei a dedicar-me exclusivamente aos Postos América e minha propriedade rural;
04) que em 2002 eu era vice-presidente na gestão de Aldo Locatelli, junto ao Sindipetróleo. Ressalto que neste período iniciamos um intenso combate à sonegação e adulteração de combustíveis no Estado. Enfrentamos os empresários irregulares e até verdadeiros bandidos, minoria em nosso segmento. Chamamos e ensinamos as particularidades do segmento para as autoridades competentes. São ações que, dificilmente, a sociedade irá reconhecer;
05) que desde o primeiro dia em que me tornei revendedor de combustível trabalho exclusivamente com produtos Ipiranga. Afirmo categoricamente que sou o único revendedor de Cuiabá e de Várzea Grande que jamais adquiri um único litro de produto que não fosse o ostentado por essa bandeira. Para isso, ao longo de muitos anos paguei um preço acima de meus concorrentes, haja vista que a Ipiranga há anos transferiu sua base para Alto Taquari. A transferência ocasionou aumento no frete da gasolina e do álcool, pois o álcool puro ou o que vai adicionado à gasolina (25%) passa por Cuiabá, vai para Alto Taquari e retorna à Capital;
06) na operação Madona não tive um só documento apreendido, pois quando da operação Bagdá que considero “pirotécnica”, toda minha escrituração foi revirada e constatou-se a idoneidade dos Postos América. A diferença da operação Bagdá para esta última (Madona) é que não houve prisões. Porém, sobraram, sim, apenas funcionários assustados, uma funcionária grávida apavorada com homens encapuzados e com armamento pesado e clientes indignados, quando bastava apenas solicitar a vida fiscal junto ao contador da empresa;
07) os motivos alegados para minha prisão no último dia 23, que seriam supostos ganhos abusivos, formação de cartel, dumping e coação a revendedores para tabelar preços, nenhum deles espelha o que tenho feito frente aos Postos América. Tenho certeza que, com muita tranquilidade minha honestidade será demonstrada ao longo de minha defesa.
08) não perdi a crença no poder judiciário nem no Gaeco. Tenho certeza que os órgãos do Judiciário irão separar o joio do trigo e, não demorará muito para aparecer os verdadeiros bandidos que militam no setor, pois várias foram as informações prestadas por depoentes honestos. Cabe agora às autoridades competentes trabalharem estes dados. Aproveito para colocar toda a contabilidade de qualquer Posto América, a disposição do GAECO ou SEFAZ, já que foi noticiado e não ocorreu apreensão.
09) se o incentivo para consumo for estimulado apenas por preços menores, deixando de lado qualidade do produto, será uma forma de induzir o consumidor ao erro de obter o ganho imediato, o que poderá trazer consequências sérias ao seu automóvel. Consequências que somente serão detectadas a médio e longo prazo, mas que trará enormes prejuízos.
10) nenhum cidadão neste país pode ser exposto aos constrangimentos por algo acontecido no passado, quando condenado e pago por sua pena. É desumano atos praticados por autoridades que consideram que condenações são eternas, usando destas para promoção pessoal junto à imprensa marrom.
11) Para finalizar, peço a Deus que ilumine as autoridades que conduzem a operação Madona para que suas diretrizes sejam em busca da verdade, que abusos cometidos sejam reparados, que culpados sofram as penas da Legislação e que ao final fique a lição que ninguém pode agir fora da lei, principalmente as autoridades. Agradeço a Deus pela solidariedade recebida e por iluminar a mente de autoridades (tribunal de justiça) que não se curvam diante de pressões vindas dos holofotes.

Nilson Roberto Teixeira
(Postos América)”

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