O comerciante e sócio de factoring Wilson Antonio Rosseto, que mora em Colíder, e que foi preso durante a Operação Curupira, prestou depoimento ontem, na Justiça Federal, em Cuiabá. Rosseto negou que estivesse envolvido no esquema de ATPFs falsificadas para transporte de madeira extraídas irregularmente e que estivesse atuando como despachante de madeireiros. Wilson Rosseto disse ao juiz Marcos Alves Tavares que é sócio de uma factoring em Colíder e que, há cerca de 7 anos, era proprietário de uma pequena madeireira. Ele afirmou que “nunca adquiriu ATPFs e crédito de reposição florestal e que nunca em conversa telefônica tratou sobre destruição de ATPFs”
Ainda em depoimento ao juiz federal e ao procuradorMarcello Wolf, Wilson Rosseto disse que “ouviu dizer na imprensa que havia corrupção no IBAMA, que nunca ouviu falar de corrupção na FEMA e que não conheceu servidor dos dois órgãos, antes de ser preso”. Ele também garantiu que nunca ofereceu propina a servidor do IBAMA e que ninguém tivesse lhe pedido propina.
O empresário negou ainda cobrança de valores para passagem de caminhões com madeira em barreiras de fiscalização e que “não se recorda da polícia ter achado um carimbo com o nome de Adilson de Araújo em seu carro”.
Rosseto desmentiu que tivesse trocado 60 ATPFs por uma caminhonete.
A arma e as munições encontradas no cofre de sua casa, segundo Rosseto, eram de sua propriedade, esclarecendo que a arma estava registrada e foi comprada em um loja de nome Caça e Pesca em Colíder, há mais de doze anos.
Rosseto está entre os mais de 90 denunciados pelo Ministério Público Federal por suposto envolvimento em fraudes e extração ilegal de madeira. Ele permanece preso na capital. O advogado de Rosseto pediu ontem que a prisão preventiva dele fosse revogada e a Justiça ainda não decidiu.